No caso de Renan Calheiros, o senador era investigado por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a Transpetro, subsidiária da Petrobras. A decisão do ministro Fachin atendeu a um pedido da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo.
Por Redação - de Brasília
Em menos de 24 horas, o ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR) sofreu duas derrotas seguidas. Na tarde desta terça-feira, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou uma investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu arquirrival, no âmbito da ‘Operação Lava Jato’. Na véspera, Moro soube que se tornou alvo de uma nova investigação da Polícia Federal (PF) sobre o destino de cerca de R$ 1 bilhão pagos por empresários à Justiça Federal do Paraná.
No caso de Renan Calheiros, o senador era investigado por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um caso envolvendo a Transpetro, subsidiária da Petrobras. A decisão do ministro Fachin atendeu a um pedido da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, que considerou não haver provas mínimas para o oferecimento de denúncia: "Nenhum dos colaboradores pôde, de fato, validar as suas respectivas versões, uma vez que não constam nos autos elementos suficientes a confirmá-las”.
Sem lastro
O inquérito, aberto em 2020, foi um desdobramento da Lava Jato a respeito da construção do Estaleiro Rio Tietê. Fachin destacou o relatório da PF que demonstrou "esgotamento das linhas de investigação sem corroboração dos fatos investigados".
Quanto aos recursos bilionários, técnicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizam uma correição extraordinária nos tribunais da Lava Jato para investigar indícios de gastos de quase R$ 1 bilhão sem lastro. Os juízes designados para a ação estão analisando documentos, planilhas e ouvindo depoimentos de servidores para verificar se os procedimentos estão em conformidade.