Toffoli solicitou, ainda, cópias integrais de todas as ações em que Garcia esteja envolvido como parte, testemunha ou investigado. Conforme o despacho do ministro, fica proibida a manifestação de qualquer decisão nos autos, inclusive aquelas de caráter urgente. Tony Garcia foi um dos delatores da ‘Operação Lava Jato’.
Por Redação - de Brasília
Desde que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão dos processos envolvendo o ex-deputado estadual e empresário Tony Garcia, na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a situação jurídica do ex-juiz parcial e incompetente, o hoje senador Sérgio Moro (UB-PR) e seu aliado, o ex-procurador federal e agora ex-deputado Deltan Dallagnol, complicou-se.

Toffoli solicitou, ainda, cópias integrais de todas as ações em que Garcia esteja envolvido como parte, testemunha ou investigado. Conforme o despacho do ministro, fica proibida a manifestação de qualquer decisão nos autos, inclusive aquelas de caráter urgente. Tony Garcia foi um dos delatores da ‘Operação Lava Jato’ e alega que o ex-juiz interferiu para afastar o juiz federal Eduardo Appio da operação.
Agente infiltrado
Em entrevista ao canal norte-americano de TV CNN Brasil, na véspera, Garcia afirmou acreditar que essa interferência ocorreu porque Appio levaria adiante as denúncias que ele fez à juíza responsável anterior pela operação, Gabriela Hardt.
O empresário disse que denunciou os supostos abusos para a juíza. Contudo, ela ignorou.
— Eu falei que eu era agente infiltrado, que eu recebia as ordens diretas do Moro, que ele pedia para eu ir sem advogado. Eu fui 40 vezes ao MPF, fiquei trabalhando para eles, me fizeram de funcionário. Ela passou por cima de tudo — disse.
Em seguida, desembargadores da Justiça Federal do Sul ligados ao senador e ex-juiz afastaram o magistrado do cargo em maio.
— O Moro entrou em cena logo para abafar isso daí, para tirar o Appio — concluiu Garcia.