A academia fica no Setor Militar Urbano, perto do quartel-general do Exército e de onde foi instalado o acampamento que serviu de base para os golpistas do 8 de janeiro.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes comentou com jornalistas, nesta terça-feira, que um dos motivos para ter desistido de praticar o fisiculturismo em uma academia do Exército, a convite do Comando Militar, foi o receio de ser importunado por fotógrafos profissionais, os chamados ‘paparazzi’.
A academia fica no Setor Militar Urbano, perto do quartel-general do Exército e de onde foi instalado o acampamento que serviu de base para os golpistas do 8 de janeiro. Moraes chegava diariamente ao complexo – que conta também com uma pista de atletismo – às 6h40 e se exercitava junto com militares.
Recado
Em agosto de 2022, num dos momentos mais sérios da crise entre o presidente à época, Jair Bolsonaro (PL), e o Judiciário, quando o mandatário neofascista e seus generais tentavam desestabilizar o sistema eleitoral brasileiro, Moraes recebeu um recado para interromper as idas à academia, sob a alegação que o espaço seria reformado, o que levantou suspeitas.
— Eu falei: reforma em agosto? Reforma costuma ser em janeiro, agora eles têm todos os testes físicos... E obviamente não estava em reforma, eu é que estava sendo reformado da academia. É uma pena, academia boa, mas são águas passadas já — afirmou.
Novamente convidado pelo atual comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, o ministro agradeceu, mas recusou.
— Eu não voltei porque a partir disso eu já substituí, montei meus treinos, e obviamente agora, se eu voltar, o que vai ter de paparazzi lá tirando foto de eu treinando, vou perder a minha tranquilidade, e mais, eu vou atrapalhar o treino dos demais — concluiu Moraes.