Mais otimista do que nunca, Lula aplaude vitória de Petro na Colômbia
"Eu sei que nosso povo vai voltar a sorrir, porque vai perceber que não tem mais crianças passando fome, que não tem mais gente dormindo nas ruas. As pessoas vão viver bem, comer bem, e com o dinheiro do seu próprio trabalho. O brasileiro merece dignidade", afirmou Lula, em mensagem divulgada nesta manhã.
"Eu sei que nosso povo vai voltar a sorrir, porque vai perceber que não tem mais crianças passando fome, que não tem mais gente dormindo nas ruas. As pessoas vão viver bem, comer bem, e com o dinheiro do seu próprio trabalho. O brasileiro merece dignidade", afirmou Lula, em mensagem divulgada nesta manhã.
Por Redação - de São Paulo
Pré-candidato a um terceiro mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exercitou, nesta segunda-feira, mais sentimento de otimismo quanto aos destinos do país e da América Latina. Em mensagem publicada no Twitter, pela manhã, Lula — em lua-de-mel após o recente casamento com Janja — renovou suas esperanças em dias melhores.
Lula e Petro, atual presidente eleito da Colômbia, têm uma longa amizade e compartilham de objetivos comuns para a América Latina
"Eu sei que nosso povo vai voltar a sorrir, porque vai perceber que não tem mais crianças passando fome, que não tem mais gente dormindo nas ruas. As pessoas vão viver bem, comer bem, e com o dinheiro do seu próprio trabalho. O brasileiro merece dignidade", afirmou.
Aos companheiros da esquerda sul-americana, após a vitória de Gustavo Petro na eleição presidencial colombiana, Lula já havia deixado seu aplauso.
"Felicito calorosamente os companheiros Gustavo Petro, Francia Márquez e todo o povo colombiano pela importante vitória nas eleições deste domingo. Desejo sucesso a Petro em seu governo. A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina”, escreveu na noite passada.
Integração
O ex-ministro, ex-prefeito e pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) também cumprimentou pelo Twitter o presidente eleito da Colômbia. Haddad afirmou que o ex-presidente Lula (PT), se eleito presidente do Brasil em 2022, terá uma oportunidade "tremenda" de promover uma integração da América Latina junto a outros líderes de esquerda da região, como o argentino Alberto Fernández, o chileno Gabriel Boric, o próprio Gustavo Petro e outros.
"Eleito, Lula terá uma oportunidade tremenda de, junto aos atuais líderes sul-americanos, promover uma radical integração regional. Parabéns, Gustavo Petro. Viva Colômbia!', escreveu Haddad.
Na direção inversa de Lula e Haddad, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não esconde a preocupação com o futuro. Sem se manifestar publicamente sobre a eleição do socialista Gustavo Petro para a Presidência da Colômbia, Bolsonaro demonstrou todo seu medo em mensagem enviada em uma lista de transmissão no WhatsApp, vazada para a colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP) Mônica Bergamo.
Confuso
Na publicação, Bolsonaro compartilhou uma reportagem da BBC News Brasil com o título "Ex-guerrilheiro vence eleição na Colômbia e será primeiro presidente de esquerda do país". Em seguida, questionou se o Brasil seria o próximo país a ser conquistado pela esquerda.
E, nesta manhã, o nervosismo com a derrota da ultradireita em praticamente todos os países latino-americanos levou Bolsonaro a mais um tropeço. Ele se atrapalhou ao falar sobre o passado do novo presidente da Colômbia, ao afirmar que ele é um ex-guerrilheiro do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR). O MIR era um grupo revolucionário chileno e não possui qualquer ligação com Petro, que lutou pelo colombiano Movimento 19 de Abril (M-19) contra o governo ultraconservador do país, na década de 1970.
— É um ex-guerrilheiro do MIR, é o movimento de esquerda revolucionária — confundiu-se Bolsonaro durante conversa com apoiadores.
Oficialmente, Bolsonaro ainda não havia se pronunciado sobre o resultado das eleições na Colômbia. A declaração de Bolsonaro saiu no momento em que ele comentava que integrantes do MIR participaram do sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989.