A proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), apresentada em fevereiro, visa reduzir a jornada máxima para 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias, e eliminar a escala tradicional de seis dias de trabalho por um de descanso.
11h29 – de Brasília
A maioria dos deputados se opõe ao fim da escala de trabalho 6×1, uma pauta aprovada majoritariamente pela opinião pública. É o que revela a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. Segundo o estudo, 70% dos parlamentares rejeitam a proposta de jornada de quatro dias semanais, que é uma das mais rejeitadas entre os temas em análise no Congresso.

A proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), apresentada em fevereiro, visa reduzir a jornada máxima para 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias, e eliminar a escala tradicional de seis dias de trabalho por um de descanso.
O índice de rejeição é particularmente elevado entre parlamentares da oposição conservadora: 92% desaprovam a ideia. Entre os que se consideram independentes, a rejeição é de 74%, enquanto entre governistas, o percentual cai para 55%. Na outra ponta, 44% dos governistas manifestam apoio à proposta, ante 23% dos independentes e apenas 6% dos oposicionistas.
Amostragem
A isenção do Imposto de Renda (IR) lidera a lista de temas com maior apoio parlamentar; já o fim de supersalários também é rejeitado pela maioria da Casa. A pesquisa consultou 203 deputados, cerca de 40% da Câmara, entre 7 de maio e 30 de junho de 2025.
Entre os temas com maior apoio estão:
Ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda: 88%;
Exploração do petróleo na Margem Equatorial: 83%;
Aumento de penas para crimes de roubo: 76%.
Já as pautas mais rejeitadas são:
Exclusão do Judiciário do limite de gastos: 70%;
Fim da escala 6×1: 70%;
Projeto contra os supersalários: 53%.