Lula diz que os trabalhadores precisam de paz e mais respeito
O líder petista disse que os trabalhadores foram obrigados a abrir mão desses direitos, sob a falsa promessa de que haveria a criação de empregos. Lula contestou a “qualidade” das vagas de trabalho que o ministro da Economia, Paulo Guedes, utiliza para alardear os supostos feitos do governo.
O líder petista disse que os trabalhadores foram obrigados a abrir mão desses direitos, sob a falsa promessa de que haveria a criação de empregos. Lula contestou a “qualidade” das vagas de trabalho que o ministro da Economia, Paulo Guedes, utiliza para alardear os supostos feitos do governo.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso que o trabalhador brasileiro seja tratado de forma civilizada na hora da contratação. Ele defendeu a retomada de direitos trabalhistas e previdenciários, como férias e 13º salário, que garantam estabilidade e tranquilidade aos trabalhadores.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva critica a situação da maioria dos trabalhadores brasileiros, após a reforma que lhes subtraiu direitos
— O trabalhador precisa de paz. Quanto mais paz tiver, quanto mais tranquilidade, mais produtividade — disse Lula na segunda parte da entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta terça-feira.
O líder petista disse que os trabalhadores foram obrigados a abrir mão desses direitos, sob a falsa promessa de que haveria a criação de empregos. Lula contestou a “qualidade” das vagas de trabalho que o ministro da Economia, Paulo Guedes, utiliza para alardear os supostos feitos do governo.
— O desemprego está campeando nas indústrias brasileiras. Há quase 15 milhões de desempregados. Há 6 milhões que desistiram de procurar emprego, 34 milhões estão na informalidade e mais 33 milhões estão subutilizados, fazendo bico ou biscate — disse o ex-presidente.
Oportunidade
Para ele, é preciso reunir as centrais sindicais, as empresas e as universidades, para discutir “o mundo do trabalho que a gente quer”. Em especial, Lula demonstrou preocupação com os milhões de jovens que, mesmo com ensino superior, não conseguem colocação no mercado.
— Estou muito preocupado, porque é uma parcela enorme da sociedade que não tem perspectivas de trabalho. Pessoas com 30 anos morando com o pai e com a mãe. E não porque querem, mas porque não tem perspectiva de emprego. Toda essa revolução digital que aconteceu no planeta precisa ser revertida para criar oportunidades para essa juventude — declarou o ex-presidente.
Reforma agrária
Lula afirmou que Bolsonaro não se incomoda em discutir o problema da fome no Brasil. Segundo ele, o atual governo nem sequer sabe o que significa “segurança alimentar”. Ele destacou que não faltam alimentos no país, mas as pessoas não conseguem comprar por conta da elevação de preços. O ex-presidente atribuiu esse descontrole nos preços ao desmantelamento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
— Quando fui presidente, a gente fez com que a Conab regulasse os estoques. A Conab comprava quando os preços caiam, e vendia quando subia. E funcionou maravilhosamente bem. Mas agora não tem mais esse mercado regulador. Porque o atual governo despreza o que é segurança alimentar. Isso não está sendo processado pela massa encefálica da cabeça do presidente, que deve ter um distúrbio, só pode ter — concluiu Lula.