Os maiores índices de aprovação estão entre as mulheres (83%), na população de 25 a 40 anos (85%) e nas pessoas com renda de dois a cinco salários mínimos (85%). O governo Lula lançou o programa de renegociação de dívidas em julho.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cedeu às pressões do chamado ‘Centrão’, ala à direita no Congresso, e substituiu a a economista Rita Serrano na Presidência da Caixa Econômica Federal (CEF). Serrano foi chamada, nesta manhã, para reunião com Lula no Palácio do Planalto, quando recebeu a notícia.
Funcionária de carreira da Caixa desde 1989, Maria Rita estava desde janeiro como presidente da instituição. Antes, ela participou do Conselho de Administração do banco. Em nota, o Palácio do Planalto confirmou que o novo presidente da Caixa será o economista e servidor da Caixa Carlos Vieira Fernandes – que já ocupou cargos de confiança em ministérios de partidos controlados pelo ‘Centrão’ nas últimas administrações, antes e depois do golpe de Estado ocorrido em 2016.
Com vasta experiência na área financeira, Fernandes ocupou a secretaria-executiva do Ministério das Cidades durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Nessa época, trabalhou em estreita colaboração com o então titular da pasta, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), aliado político de Lira.
Desafio
Como servidor de carreira da Caixa, Fernandes possui um profundo conhecimento da instituição e de suas operações. Sua trajetória profissional o credencia como um especialista em assuntos econômicos e financeiros, com uma visão abrangente sobre o setor bancário.
Fernandes herda de sua antecessora, um dos ativos mais populares no momento. De acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta manhã, 81% dos brasileiros aprovam o programa Desenrola Brasil. Embora tenha sido elaborado e gerido a partir do Ministério da Fazenda, a CEF tem o público certo para o dispositivo, que zera a cobrança das dívidas de milhões de pequenos devedores.
Os maiores índices de aprovação estão entre as mulheres (83%), na população de 25 a 40 anos (85%) e nas pessoas com renda de dois a cinco salários mínimos (85%). O governo Lula lançou o programa de renegociação de dívidas em julho.
Pesquisa
Conforme a pesquisa, a maioria das pessoas que estão com com nome “sujo” (63%) pretende se beneficiar do programa. Nesse sentido, mais da metade dos brasileiros endividados (56%) acredita que vai quitar suas dívidas e limpar o nome ainda este ano.
Para realizar o levantamento, o Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (Ipri), da FSB Holding, ouviu 2.004 pessoas acima de 16 anos, entre 14 a 19 de setembro, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Ao mesmo tempo, a pesquisa também revelou otimismo da população com a evolução do quadro econômico. Nesse sentido, 53% dos brasileiros afirmam que a economia vai melhorar nos próximos seis meses. Para 22% da população, a situação tende a piorar e 21% acreditam que nada deve mudar.