Lula teria dito a aliados e governistas mais próximos que já esperava pela derrota no marco do saneamento, em face do não cumprimento dos acordos com Lira. Nas conversas mantidas anteriormente, o presidente da Câmara havia alertado ao presidente quanto ao alto risco de uma derrota, em Plenário.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) avisou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em recente encontro no Palácio do Planalto, que o marco do saneamento poderia ser barrado na Casa, o que de fato ocorreu alguns dias depois. Na reunião, ambos conversaram e acertaram a liberação de emendas parlamentares para aprovação pelo Congresso de pautas caras ao Palácio do Planalto, mas uma série de atropelos impediu a liberação dos recursos.
Lula teria dito a aliados e governistas mais próximos que já esperava pela derrota no marco do saneamento, em face do não cumprimento dos acordos com Lira. Nas conversas mantidas anteriormente, o presidente da Câmara havia alertado ao presidente quanto ao alto risco de uma derrota, em Plenário. Lira, por sua vez, reafirmou que mais importante do que cargos e ministérios era a liberação de verbas. A partir dali, os dois combinaram que haveria liberação de verbas, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
Liberação
Com a liberação de verbas, de acordo com Arthur Lira, o governo federal não terá dificuldade em aprovar temas fundamentais na Câmara. Na véspera, o Planalto liberou R$ 3 bilhões para os parlamentares aplicarem na área da Saúde. Até então, o governo havia liberado apenas R$ 22 milhões, valores interpretados como insuficientes por aliados.
Lira antecipou que, uma vez liberada as verbas, o governo poderia estar certo que matérias relevantes, como o arcabouço fiscal, passarão e não haverá mais problemas quanto ao marco do saneamento. Liberados os recursos, a reforma tributária também será liberada em seguida.