Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Líder petista diz que mídia conservadora apoia governo, mas de forma disfarçada

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Sexta, 29 de Janeiro de 2021 às 13:49, por: CdB

Haddad, no entanto, acredita na existência de um “jogo de cena” entre a mídia e partidos, como o PSDB e o MDB. Ao mesmo tempo em que atacam a figura do presidente, apoiam a agenda econômica do ministro Paulo Guedes.

Por Redação - de São Paulo

Ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à presidência da República, o professor Fernando Haddad acredita que o impeachment do ex-adversário Jair Bolsonaro (sem partido) não pode ser uma questão de conveniência. A questão principal é saber quantas vidas e empregos perdidos podem ser evitados com o seu afastamento.

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Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad até pouco tempo atrás tinha uma coluna na Folha de S. Paulo

Haddad, no entanto, acredita na existência de um “jogo de cena” entre a mídia e partidos, como o PSDB e o MDB. Ao mesmo tempo em que atacam a figura do presidente, apoiam a agenda econômica do ministro Paulo Guedes.

— Quem sustenta hoje o Bolsonaro é o PSDB, do Doria, e o MDB, do Temer — afirmou Haddad, em entrevista à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA), nesta sexta-feira. São esses partidos que, segundo o petista, se adotassem posição firme contra o atual governo poderiam mudar o curso da história.

A verdade

Haddad criticou o papel da imprensa conservadora.

— A (chamada) ‘grande imprensa’ pede timidamente o impeachment do Bolsonaro nos seus editoriais. Mas não cobram o PSDB e o MDB. Não cobram o Doria e o Temer. Ninguém está falando a verdade para as pessoas. Isso é um jogo de cena. Interessa a eles desgastar Bolsonaro como figura pública, enquanto mantêm o apoio à agenda econômica do Guedes — afirmou Haddad.

Ainda mais contundente, Haddad afirmou que a imprensa jogou o país “no colo de um psicopata” em função de uma agenda econômica. Agenda essa que promove a retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, com vistas à margem de lucro dos empresários. Contudo, esse modelo ortodoxo foi abandonado em todo o mundo. O petista citou as diretrizes econômicas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que anunciou pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão. 

— É um absurdo. Estamos na contramão de todas as recomendações, inclusive do FMI — concluiu.

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