Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Justiça cita empresários bolsonaristas que defendem o golpe

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Quinta, 18 de Agosto de 2022 às 18:51, por: CdB

Rodrigues pediu ao STF que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) sejam acionados para avaliar a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva, se necessário. A petição foi apresentada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos.

Por Redação - de Brasília
Empresários bolsonaristas que saíram em defesa de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença as eleições deste ano são alvos de críticas nas redes sociais na manhã desta quinta-feira e serão citados pela Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu recurso encaminhado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), nesta quinta-feira, contra os empresários que defenderam, no grupo “Empresários e Política”, um golpe de Estado caso Lula vença as eleições.
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O empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, seria um dos mentores do esquema criminoso na internet
Rodrigues pediu ao STF que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) sejam acionados para avaliar a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva, se necessário. A petição foi apresentada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. O relator do inquérito dos atos antidemocráticos é o ministro Alexandre de Moraes, que é chamado de ‘skihead do PCC; no grupo de empresários bolsonaristas. A defesa explícita de um golpe, feita por alguns participantes do grupo, soma-se aos ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.

Golpistas

Pelas redes sociais, internautas saíram em defesa de boicote às empresas envolvidas no crime contra a democracia brasileira. O grupo é formado por Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de roupa de surf Mormaii. O escândalo eclodiu depois que o jornalista Guilherme Amado publicou em sua coluna no site de brasiliense de notícias ‘Metrópoles’ que a defesa do golpe foi feita no grupo desses empresários no WhatsApp. “A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna”, afirmou o jornalista. “A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes, se soma a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro”, acrescentou.

Milícias

“Empresários bolsonaristas que defendem golpe, abusam do poder econômico e constrangem liberdade de voto dos empregados. Essa é a turma do Bolsonaro. A Justiça Eleitoral tem de defender a democracia e as eleições frente a esses coronéis”, afirmou nas redes a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o episódio reúne “valiosas pistas para o ministro Alexandre de Morais apurar no inquérito sobre as milícias digitais contra a Democracia. Como ensinou o ‘Garganta Profunda’ no escândalo de ‘Watergate’. ‘Siga o dinheiro’.”
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