Sem mostrar o rosto, a traficante aparecia vestida com roupa de guerra e empunhando um fuzil, evidenciando sua atuação na linha de frente do Comando Vermelho (CV).
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Uma foto de Larice de Paula, conhecida como “Japinha” ou “Penélope”, circula nas redes sociais antes de sua morte durante megaoperação no Rio de Janeiro.

Sem mostrar o rosto, a traficante aparecia vestida com roupa de guerra e empunhando um fuzil, evidenciando sua atuação na linha de frente do Comando Vermelho (CV).
Morte em intenso confronto
Japinha do CV foi morta com um disparo de fuzil na cabeça na terça-feira, após horas de intenso tiroteio nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. Seu corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais das comunidades.
Figura de confiança do tráfico
Conhecida por ostentar armas e poses provocantes, Penélope era considerada confiável pelos líderes do CV. Ela atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas, reforçando seu papel na linha de frente da facção.
Roupa tática e preparo para combate
No momento do confronto, Japinha usava colete tático com compartimentos para carregadores e roupa camuflada, evidenciando sua participação ativa nas operações da organização criminosa.
Operação policial histórica
A morte da traficante ocorreu durante a maior operação policial do Estado, mobilizando 2,5 mil agentes da Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais. O objetivo era conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desarticular sua base logística. Moradores relataram madrugada de terror com helicópteros, blindados e intenso tiroteio.
Rotas de fuga e lembranças da invasão ao Alemão
Apesar do cerco, parte dos criminosos conseguiu escapar por túneis e passagens camufladas entre casas e muros, lembrando a estratégia usada na histórica invasão ao Alemão, em 2010.
Família pede respeito
Na quarta-feira, familiares solicitaram que imagens de Japinha morta não sejam divulgadas, afirmando que a exposição tem causado profundo sofrimento aos parentes.
Abordagem
Um homem foi baleado na boca por policiais militares na noite de terça-feira, em Inhaúma, Zona Norte do Rio. A família diz que ele teria sido confundido com um criminoso. O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com as primeiras informações, Douglas Christian Almeida, de 30 anos, chegava ao condomínio onde mora quando foi atingido por um disparo feito por agentes do Batalhão Tático de Motocicletas (BPM).
Vídeos gravados por testemunhas mostram o momento em que uma familiar chega ao local e encontra o homem ferido.
Ao Bom dia Rio, da TV Globo, a mulher dele disse que não houve abordagem e que os militares teriam implantado uma arma dentro do veículo, para justificar o disparo.
– Mesmo assim os policiais atiraram. Douglas precisou passar por cirurgia de emergência, estando em estado grave nesse momento no hospital. Após o ocorrido, os policiais forjaram uma arma e uma suposta troca de tiros. Temos provas em vídeo de revista no carro, nas quais fica evidente que não havia arma nenhuma encontrada. A suposta arma só apareceu cerca de 5 horas depois quando removeram o carro do local, sem perícia e sem registro imediato – informou.
A Polícia Militar, por sua vez, sustenta que Douglas está detido após um cerco na Estrada Adhemar Bebiano, e que um revólver estava dentro do veículo que ele dirigia.
O homem está sob custódia no Hospital Federal de Bonsucesso. Não há informações sobre o estado de saúde.
O caso é investigado pela 25ª DP (Piedade). A PM foi procurada para comentar a denúncia de que a arma teria sido plantada na cena, mas ainda não respondeu.