Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Rio: 13 policiais seguem internados, dois em estado grave

Após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, 13 policiais permanecem internados, com dois em estado grave. Entenda os detalhes da ação mais letal da história do Rio de Janeiro.

Quinta, 30 de Outubro de 2025 às 13:21, por: CdB

Dois policiais militares permanecem em estado grave após a megaoperação que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, a mais letal da história do Rio de Janeiro.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Treze policiais baleados durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, continuam internados em hospitais da cidade. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira, dois policiais militares permanecem em estado grave. A ação, batizada de Operação Contenção, é considerada a mais letal da história do Estado, com 121 mortos ao longo dos confrontos.

Rio: 13 policiais seguem internados, dois em estado grave | Megaoperação envolveu mais de 2,5 mil agentes
Megaoperação envolveu mais de 2,5 mil agentes

Entre os feridos estão nove policiais militares e quatro civis. Todos os PMs estão internados no Hospital Central da corporação, no Estácio. Já os policiais civis — identificados como Leandro Oliveira dos Santos, Rodrigo Vasconcelos Nascimento e Rodrigo da Silva Ferreira Soares — permanecem no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. O delegado Bernardo Leal Anne Dias, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), foi transferido para o Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, após ter sido atingido na veia femoral e perdido grande quantidade de sangue. Seu quadro ainda não foi atualizado.

Ação de guerra no Alemão e na Penha

A megaoperação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar em uma ofensiva contra o tráfico nas duas comunidades. O governo do Rio informou que o objetivo era desarticular núcleos do Comando Vermelho que atuavam na região e apreender armamentos usados por criminosos para expandir o domínio territorial na Zona Norte.

Os números revelam a dimensão da ação: foram apreendidas 118 armas — entre elas 91 fuzis —, 26 pistolas, um revólver e 14 artefatos explosivos. Além disso, 113 suspeitos foram presos e 10 adolescentes apreendidos. O saldo humano, no entanto, reacendeu o debate sobre a letalidade policial e os limites da política de segurança pública adotada pelo estado.

A operação mais letal da história do Rio

Com 121 mortos confirmados, sendo quatro policiais entre as vítimas, a Operação Contenção superou o número de mortes registradas em todas as operações anteriores realizadas nas favelas do Rio. O episódio tem provocado reações de autoridades, entidades de direitos humanos e da própria Defensoria Pública, que acompanha a identificação dos corpos e o atendimento às famílias.

Enquanto parte dos agentes ainda se recupera em hospitais, o governo fluminense mantém a defesa da operação, alegando que a ofensiva era necessária para combater facções que impunham terror em comunidades da capital.

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