A mensagem dizia: "Toda vida importa! Entretanto há algo muito 'estranho' no ar!". Uma checagem realizada por jornalistas, no entanto, foi indicada pela plataforma como justificativa para a exclusão.
Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou uma informação no Instagram, mas a própria rede social deletou a publicação com a notícia falsa, após marcar a mensagem com ‘alerta de fake news’. Bolsonaro escreveu que que o número de mortes por doenças respiratórias no Ceará teria caído entre 2019 e 2020, apesar da pandemia. É mentira.
A mensagem dizia: "Toda vida importa! Entretanto há algo muito 'estranho' no ar!". Em seguida, apontava que o número de mortos por doenças respiratórias no Ceará caiu de 6.377 em 2019, sem o coronavírus, para 6.296 em 2020, com a doença, entre 16 de março a 10 de maio”.
"Por que em 2019 não teve o mesmo alarde?”, questionava.
Uma checagem realizada por jornalistas, no entanto, foi indicada pela plataforma como justificativa para a exclusão. Os números citados por Bolsonaro incluíam mortos por outras doenças, como aids e câncer. Segundo o Portal da Transparência do Registro Civil, os números verdadeiros são muito diferentes: 2.808 óbitos por doenças respiratórias no período citado de 2019 contra 3.217 em 2020.
Contaminado
A atitude contumaz de Bolsonaro, ao publicar notícias falsas, resultou em outras duas notas apagados de sua conta no Twitter, nos últimos dias. Nelas, vídeos mostravam um passeio dele em Brasília (DF) durante a pandemia. Os seguidores, indicava o uso da hidroxicloroquina e falava que o país somente ficará imune do novo coronavírus se 60 a 70% da população forem infectados.
Ele mesmo, suspeito de ter contraído a forma mais leve da covid-19, recusa-se a mostrar o resultado dos exames aos quais foi submetido. Um pedido para que os originais venham a público, após uma longa porém rápida trajetória junto aos tribunais, chega agora ao ministro Ricardo Lewandowski, sorteado relator da matéria no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ação solicita ao STF que suspenda a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, que desobrigou o presidente de apresentar exames feitos para detectar o coronavírus.