Rio de Janeiro, 03 de Janeiro de 2025

Irmã de militar preso em golpe, policial disfarça celular em panetone

Arquivado em:
Segunda, 30 de Dezembro de 2024 às 17:08, por: CdB

O caso foi informado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da investigação sobre a suposta tentativa de golpe e, nesta segunda-feira, o magistrado suspendeu o direito de visitas de Rodrigo Bezerra.

Por Redação – de Brasília

Irmã do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso por suspeita de participação no golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro, a inspetora da Polícia Civil do Estado do Ceará Dhebora Bezerra de Azevedo tentou infiltrar um telefone móvel e um carregador numa caixa de panetone, levada durante visitar ao militar. Junto com o celular, havia um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória escondidos na embalagem.

rodrigo-azevedo.jpg
O tenente-coronel Rodrigo Azevedo encontra-se preso em uma unidade militar de Brasília

A tentativa de visita com os materiais ilícitos ocorreu na véspera, à tarde, mas militares do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, onde Bezerra está preso preventivamente, desconfiaram do presente levado ao preso e aprofundaram a revista.

O caso foi informado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da investigação sobre a suposta tentativa de golpe e, nesta segunda-feira, o magistrado suspendeu o direito de visitas de Rodrigo Bezerra. Segundo registro do Comando Militar do Planalto, Dhebora Bezerra de Azevedo “portava uma caixa de panetone lacrada a ser entregue ao mesmo”. Ao passar pelo detector de metais, o alarme foi acionado. Questionada na ocasião, a irmã do tenente-coronel disse que a caixa tinha um fone de ouvido.

 

Inquérito

“Após abertura da caixa de panetone para fins de verificação, foi constatado que no interior da mesma havia um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória”, diz ofício assinado pelo general Ricardo Carmona, comandante militar do Planalto.

O material foi então apreendido e Dhebora e impedida de prosseguir com a visita ao irmão. O ofício informa que o Comando do Planalto suspendeu o direito de visita da irmã, mas não detalha se outra providência foi tomada em relação a ela. A mulher assinou o termo de apreensão dos materiais.

O tenente-coronel está indiciado junto com outras 40 pessoas na investigação sobre os crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa no inquérito da PF. Também foram indiciados, no mesmo processo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Braga Netto, atualmente preso numa unidade militar do Rio de Janeiro.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo