Rio de Janeiro, 12 de Janeiro de 2025

Ato no Planalto lembra o golpe fracassado no 8 de Janeiro

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Terça, 07 de Janeiro de 2025 às 19:31, por: CdB

A iniciativa reforça o apoio recebido de diversos países após o ataque de 2023, quando a comunidade internacional se mobilizou em defesa da democracia brasileira e condenou os ataques.

Por Redação – de Brasília

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou embaixadores estrangeiros em Brasília a participar da cerimônia no Palácio do Planalto, no ato alusivo ao 8 de janeiro de 2023, data em que golpistas invadiram os prédios dos Três Poderes, em um ataque contra a democracia brasileira.

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O presidente Lula estava em Araraquara (SP) no 8 de Janeiro, o que pode ter lhe salvado a vida

A iniciativa reforça o apoio recebido de diversos países após o ataque de 2023, quando a comunidade internacional se mobilizou em defesa da democracia brasileira e condenou os ataques. No entanto, a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e o avanço da extrema direita mundial, que tenta minimizar tais ataques, acendem o temor de que o impacto do ocorrido seja atenuado.

 

Discurso

— É uma obrigação não apenas brasileira, mas global, marcar o 8 de Janeiro. O mundo acompanhou de perto o que aconteceu em Brasília naquele dia. As democracias estão sob ataque — afirmou um embaixador europeu, que preferiu manter seu nome em anonimato.

A diplomacia brasileira se empenhou para garantir que o ataque golpista não fosse usado como um questionamento sobre a capacidade do país de responder a crises. Lula aceitou uma reunião de emergência na OEA, mas rejeitou uma resolução sobre o caso.

“A democracia brasileira deu uma demonstração de solidez e eficácia, graças à atuação firme dos três Poderes”, afirmou o governo brasileiro durante o encontro, que contou com o apoio de países latino-americanos e outras potências.

 

Militares

Ainda nesta terça-feira, o ministro da Defesa, José Múcio, avaliou que a presença dos comandantes das Forças Armadas no ‘Abraço à Democracia’, que marca os dois anos do golpe fracassado, mostra que a cúpula militar se opôs à tentativa de golpe. A leitura é diferente da feita por alguns setores do governo Lula, que criticam a presença dos militares na cerimônia.

Segundo Múcio, a presença do comandante do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e da Marinha, almirante Marcos Olsen, mostra que eles foram contra o planejamento da trama golpista. O ministro tem reiterado que a cúpula militar não embarcou na aventura golpista do governo de Jair Bolsonaro (PL), já que os comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, não concordaram com o plano apresentado pelos golpistas.

 

Ausências

O ato em lembrança aos dois anos dos ataques golpistas reunirá também nomes do governo e Supremo Tribunal Federal (STF) na Esplanada dos Ministérios. O chefe do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no entanto, informou que estará ausente, por estar fora do país. Em seu lugar, o senador Veneziano Vital do Rêgo, primeiro vice-presidente da Casa, representará o Senado.

Já o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), está em Alagoas e não confirmou presença na cerimônia — aliados dizem que a tendência é que ele não aparecerá. Em 2024, o chefe da Câmara também não compareceu ao evento de um ano das invasões golpistas.

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