"No dia 28, a gente mostrava a diferença do Lula para o Bolsonaro, 51% a 36%, com a Tebet com 5% e Ciro com 7%. No dia 1 de outubro, no sábado à noite, a gente divulgou uma outra pesquisa mostrando o Lula caindo de 51% para 49% e o Bolsonaro crescendo de 36% para 38%. Ou seja, a tendência de última hora já era de uma aproximação", disse Felipe Nunes.
Por Redação - de São Paulo
Diretor da agência de pesquisas Quaest, o cientista político Felipe Nunes disse a jornalistas nesta segunda-feira que, embora a pesquisa do instituto de fato não tenha captado uma taxa de intenções de voto tão alta quanto à que se deu nas urnas, na véspera, a pesquisa indicou, sim, no sábado, uma tendência de recuperação de Jair Bolsonaro (PL), à medida que eleitores de Ciro Gomes (PDT) optavam pelo voto útil. O maior beneficiado com a mudança na opinião dos eleitores, no entanto, não foi o ex-presidente Lula (PT), mas o atual mandatário.
— No dia 28, a gente mostrava a diferença do Lula para o Bolsonaro, 51% a 36%, com a Tebet com 5% e Ciro com 7%. No dia 1 de outubro, no sábado à noite, a gente divulgou uma outra pesquisa mostrando o Lula caindo de 51% para 49% e o Bolsonaro crescendo de 36% para 38%. Ou seja, a tendência de última hora já era de uma aproximação. O Lula ficou acabando com 48%, exatamente dentro da margem de erro, mas o Bolsonaro apareceu com 43%, em relação a esses 38%. Isso quer dizer que o Bolsonaro cresceu cinco pontos — afirmou Nunes.
Apontamento
Nunes, em uma inflexão, apontou que o ponto relevante “é de onde vem esse voto”.
— Olha só: Ciro Gomes, que aparecia com 7% no dia 28 e apareceu depois com 6% no dia 1º, terminou a eleição com 3%. Houve aproximadamente três pontos de eleitores de Ciro Gomes que foram embora, não para o Lula, mas para o Bolsonaro. O voto útil que a gente observou na reta final foi todo na direção de Bolsonaro. A postura que o Ciro adotou na reta final da campanha, para mim, foi determinante no tipo de apontamento que ele fez para a direção desse eleitor — concluiu.