Uma equipe de 12 advogados compõem a defesa do ex-mandatário. A extradição foi solicitada em carta enviada pela embaixada dos EUA ao Ministério de Relações Exteriores. A corte do distrito sul de Nova York acusa Hernández de corrupção, narcotráfico, associação ilícita e uso de armas.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Tegucigalpa
A Corte Suprema de Honduras decidiu manter o ex-presidente Juan Orlando Hernández (JOH), preso de maneira preventiva até a realização da próxima audiência que discutirá o pedido de extradição aos Estados Unidos. Durante a primeira audiência, realizada na quarta-feira, foram lidas as acusações da justiça estadunidense e determinada a realização da segunda audiência no dia 16 de março. Uma equipe de 12 advogados compõem a defesa do ex-mandatário. A extradição foi solicitada em carta enviada pela embaixada dos EUA ao Ministério de Relações Exteriores. A corte do distrito sul de Nova York acusa Hernández de corrupção, narcotráfico, associação ilícita e uso de armas. Em março de 2021, o irmão do ex-mandatário, Juan Antonio Hernández, ex-deputado pelo Partido Nacional, foi sentenciado a 30 anos de prisão por ser considerado responsável pelo envio de 150 toneladas de cocaína de Honduras aos Estados Unidos. Durante seu primeiro mandato, JOH nomeou cinco novos magistrados para a Corte Suprema de Justiça, o que garantiu aprovar a possibilidade de reeleição para a presidência e abriu o caminho para seu segundo mandato. Segundo revelam meios de comunicação locais, o juiz Edwin Ortez, designado para cuidar do caso, teria afinidade política com o Partido Nacional, legenda do ex-mandatário. Na primeira audiência, o juiz Ortez determinou o desbloqueio dos bens de Juan Orlando Hernández e sua família por "falta de justificativas legais". A detenção provisória de um mês é o tempo máximo estabelecido quando trata-se de um processo de extradição. O ex-presidente permanecerá detido no Centro de Operações Especiais (Cobra), em Tegucigalpa. Caso Hernández tenha processos judiciais abertos em Honduras, a extradição não poderá ser realizada até que seja finalizado o julgamento em território nacional.