Os golpistas levantaram informações detalhadas sobre as rotinas dos seguranças do presidente e do ministro, incluindo os nomes e o tipo de armamento usado pelos agentes, segundo apurou a mídia conservadora.
Por Redação – de Brasília
Novas revelações sobre o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro, feitas pela Polícia Federal (PF), evidenciam um minucioso plano que visava a abordagem e captura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Os golpistas levantaram informações detalhadas sobre as rotinas dos seguranças do presidente e do ministro, incluindo os nomes e o tipo de armamento usado pelos agentes, segundo apurou a mídia conservadora. Fontes ligadas à investigação afirmaram aos repórteres que o levantamento era parte de um plano que previa confrontos armados com os responsáveis pela segurança das autoridades.
Mais prazo
“O planejamento do golpe previa, portanto, a abordagem e captura de Lula e de Moraes pelos golpistas. Pelo tipo de informações coletadas por eles, fica evidente que os golpistas se preparavam para a eventualidade de um confronto armado e violento com os seguranças do presidente e do ministro”, diz a reportagem do portal de notícias UOL, assinada pelos jornalistas José Roberto de Toledo e Thais Bilenky.
No dia da tentativa de golpe, nem Lula nem Moraes estavam em Brasília. O presidente encontrava-se em Araraquara, no interior de São Paulo, enquanto o ministro estava em Paris, na França. As novas evidências resultaram na prorrogação do inquérito por mais 60 dias, conforme decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes.
O prazo estendido deve permitir o avanço das investigações para possíveis indiciamentos de líderes, executores e financiadores, que são esperados para o final de dezembro ou início de 2025.