Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Bolsonaristas se assanham com vitória de Trump, mas levam jato d’água fria

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Quarta, 06 de Novembro de 2024 às 20:51, por: CdB

Apesar do poder que deterá o presidente do país mais rico e militarmente poderoso do mundo, e da proximidade que Bolsonaro poderá exibir na Casa Branca, o cenário para ele permanece amplamente desfavorável, segundo o ministro aposentado do STF Celso de Mello.

Por Redação – de Brasília

A vitória do republicano de ultradireita Donald Trump, nas eleições dos Estados Unidos, renovou as esperança de aliados do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) por um possível perdão aos crimes que lhe são imputados, o que poderia torná-lo elegível para as eleições presidenciais de 2026. A realidade, no entanto, é a outra.

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O ex-decano do STF, hoje ministro aposentado Celso de Mello

Interlocutores bolsonaristas disseram, nesta quarta-feira, à jornalista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, que se sentem alentados diante de uma possível mudança no cenário desfavorável que Bolsonaro enfrenta atualmente no Brasil, sob alta pressão dos inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar do poder que deterá o presidente do país mais rico e militarmente poderoso do mundo, e da proximidade que Bolsonaro poderá exibir na Casa Branca, o cenário para ele permanece amplamente desfavorável, segundo o ministro aposentado do STF Celso de Mello.

 

Nódoa

A jornalistas, nesta manhã, Mello pronunciou-se com firmeza sobre o compromisso da Corte Suprema com a preservação do regime democrático e a soberania nacional, rechaçando qualquer insinuação de que o STF pudesse ceder a pressões de caráter político ou ideológico vindas do exterior. Em tom categórico, Mello declarou, segundo o site de notícias GGN: que essa notícia “certamente não procede, pois, se verdadeira fosse, representaria nódoa estigmatizante na história do STF”.

O ex-ministro destacou que o STF, como “expressão legítima da soberania nacional”, não se submete a influências ou pressões, nem “serve a governos, a pessoas ou a grupos ideológicos”. Para Mello, a Corte está “longe de curvar-se aos desígnios do poder político, econômico ou corporativo” e é essencialmente fiel à sua missão constitucional.

O ex-decano da Corte Suprema afirmou, por fim, que “o STF, longe de curvar-se aos desígnios do poder político, econômico ou corporativo, jamais será infiel aos seus graves compromissos instituídos pela Lei Fundamental da República, pois tem a percepção superior de sua irrenunciável missão de velar pela supremacia da ordem constitucional, de defender a preservação do regime democrático e de proteger a intangibilidade dos valores inerentes à soberania do Estado brasileiro!”.

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