A petista afirmou que, à frente da pasta de Relações Institucionais, terá como principal objetivo a busca de alianças “para garantir 2026”, referindo-se à vitória de uma chapa governista na próxima eleição presidencial.
Por Redação – de Brasília
A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que assumirá a Secretaria de Relações Institucionais na próxima segunda-feira, disse à mídia conservadora, nesta quarta-feira, que não ingressará no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “guerra”. Ela rebateu a possibilidade de uma colisão com a agenda econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

— Fui nomeada para cuidar da articulação política — disse Gleisi.
A petista afirmou que, à frente da pasta de Relações Institucionais, terá como principal objetivo a busca de alianças “para garantir 2026”, referindo-se à vitória de uma chapa governista na próxima eleição presidencial.
— Vou fazer tudo que for possível para garantir (eleição de Lula em) 2026, vou buscar essas alianças — adiantou Hoffmann.
A ministra indicada aposta, ainda, no bom relacionamento com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Embora tenha sido crítica da agenda econômica de Haddad, no ano passado, a parlamentar refaz o discurso. Sob seu comando, o PT aprovou em dezembro de 2023 uma resolução que chamou a proposta de contenção de gastos do ministro de “austericídio fiscal”. O documento representou a posição institucional do partido, mas teve o conteúdo endossado por ela.
Inflexão
Presidente nacional do PT, Hoffmann transmitirá o cargo a um presidente interino, até a eleição oficial para o comando a pasta em julho. Nesta sexta-feira, a Executiva Nacional da legenda definirá seu substituto. O líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), e o senador Humberto Costa (PT-PE), são os principais nomes considerados pela agremiação partidária.
Hoffmann teria o mandato assegurado até julho, quando ocorrem eleições diretas para a nova direção, com voto dos filiados. Agora, o PT escolherá o nome do presidente interino, com a aprovação do Diretório Nacional.
Apontado como favorito para assumir a direção do partido, em definitivo a partir de julho, o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva não integra o Diretório Nacional e, por isso, não poderá assumir o mandato-tampão, mas já está em campanha pela Presidência da legenda e tem participado de reuniões em diretórios regionais.
Embora integre a mesma corrente política de Lula e Hoffmann, Edinho prega uma correção de rota no partido, sem apostar na polarização com o bolsonarismo e levando a cabo as mudanças na política econômica propostas pelo ministro Fernando Haddad.