Ainda na entrevista, Gilmar reforçou a afirmação feita anteriormente, de que Moro e outros agentes da ‘Operação Lava Jato’ "gostam muito de dinheiro", e que mesmo estando fora da área jurídica, o ex-juiz produziu "filhotes", como Deltan Dallagnol, Marcello Miller, Marcelo Bretas e Selma Arruda.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes disse nesta quarta-feira que a melhor ação do governo de Jair Bolsonaro (PL) foi exonerar o ex-juiz suspeito e incompetente Sergio Moro (UB-PR), da Vara Federal de Curitiba. Mendes avalia que este foi o marco fundamental para que o agora senador fosse devidamente devolvido "para o nada".
O ministro relembrou um diálogo que teve com o então ministro da Economia, Paulo Guedes, quando o mesmo celebrava a entrada de Moro para o governo, em conversa com repórteres da revista semanal de ultradireita ‘Veja’.
Dinheiro
O magistrado então ressaltou que "ainda era cedo" para celebrar, mas que ter "tirado Moro de Curitiba" foi a melhor contribuição da gestão Bolsonaro.
— Ninguém sabe se os senhores vão sobreviver ou não, se o governo dos senhores vai avante ou não. Coloque isso na sua biografia. Ter tirado Moro de Curitiba talvez tenha sido sua maior contribuição para o Brasil — afirmou.
Em uma outra conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Gilmar diz que agradeceu ao ex-mandatário ter levado "Moro para o nada".
— Posteriormente, um dia escutei do próprio Bolsonaro: 'Ministro, a gente demorou muito para aprender a governar, etc. Por exemplo, se já tivesse passado um ano, eu não teria trazido Sergio Moro para o governo'. Eu disse, não! Foi uma boa contribuição, uma boa contribuição do governo, talvez uma das suas grandes obras tê-lo trazido para o governo e depois tê-lo devolvido para o nada — lembrou Mendes, acrescentando que "a mim, me parece que ele (Moro) é um sujeito inadequado, já como juiz”.
Resposta
Ainda na entrevista, Gilmar reforçou a afirmação feita anteriormente, de que Moro e outros agentes da ‘Operação Lava Jato’ "gostam muito de dinheiro", e que mesmo estando fora da área jurídica, o ex-juiz produziu "filhotes", como Deltan Dallagnol, Marcello Miller, Marcelo Bretas e Selma Arruda.
Ao conhecer o teor da entrevista, esta quarta-feira, Moro respondeu ao magistrado dizendo que Gilmar volta a desferir "mentiras e ofensas" a seu respeito.
"Lamento nova quebra de decoro judicial, que não reflete a tradição do Supremo Tribunal Federal. Definitivamente, não tenho a mesma obsessão pelo ministro Mendes", escreveu o senador, em uma rede social.