A declaração do senador à rede norte-americana de TV CNN Brasil, contraria o segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil, divulgado na véspera pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), que aponta que 33,1 milhões de brasileiros passam fome.
Por Redação - de Brasília
Filho ’01’ como é chamado o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o parlamentar fez pouco caso do aumento da fome entre os brasileiros e afirmou que quem recebe R$ 400 mensais do Auxílio Brasil pode “até passar dificuldades, mas fome não passa”.
A declaração do senador à rede norte-americana de TV CNN Brasil, contraria o segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil, divulgado na véspera pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), que aponta que 33,1 milhões de brasileiros passam fome, um crescimento de quase 50% (14 milhões) no ano.
Insegurança
Bolsonaro ainda tentou minimizar o avanço da fome no Brasil ao afirmar que muitas pessoas “passam dificuldades” por não ter acesso ao Auxílio Brasil.
— Óbvio que tem pessoas que passam dificuldade, mas talvez por não ter ainda ter acesso a um programa social do governo que, sem dúvida nenhuma, ampararia essas pessoas. O presidente Bolsonaro zerou os impostos federais que existem sobre arroz, feijão, zerou impostos de importação sobre os derivados do petróleo que vêm abastecer as nossas redes de postos. Quer dizer: o que está ao alcance dele ele está fazendo — disse.
Ainda conforme o levantamento, mais da metade da população (58,7%) convive com algum tipo de insegurança alimentar em grau leve, moderado ou grave (de fome total). Essas condições afetam hoje 125,2 milhões de brasileiros.