Rio de Janeiro, 17 de Março de 2025

Esquerda busca alternativas para enfrentar onda neofascista no Brasil

Na vanguarda, o PCdoB renova a Fundação Maurício Grabois (FMG) com um ciclo permanente de debates. Na Presidência da FMG, no Rio de Janeiro, o professor do Departamento de Evolução Econômica da Universidade do Estado do Rio (UERJ) Elias Marco Khalil Jabbour tem participado na produção de um novo conteúdo.

Terça, 18 de Junho de 2019 às 11:02, por: CdB

Na vanguarda, o PCdoB renova a Fundação Maurício Grabois (FMG) com um ciclo permanente de debates. Na Presidência da FMG, no Rio de Janeiro, o professor do Departamento de Evolução Econômica da Universidade do Estado do Rio (UERJ) Elias Marco Khalil Jabbour tem participado na produção de um novo conteúdo.

 
Por Redação - de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo
  Após a derrota nas urnas, há 18 meses, setores da esquerda ainda buscam respostas para a crise que se abateu sobre as legendas que abrigam os ideais socialistas para a sociedade brasileira. Para encontrar respostas, ao menos dois partidos, o PCdoB e o PSOL, resolveram voltar à prancheta e desenhar, a partir do entendimento de seus militantes, uma alternativa à barbárie imposta pela onda neofascista que solapa os pilares da democracia brasileira.
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No debate promovido pela FMG e mediado por Elias Jabbour (D), os professores Marcos Dantas (E) e Luís Manoel Fernandes falaram a um auditório lotado
Na vanguarda, o PCdoB renova a Fundação Maurício Grabois (FMG) com um ciclo permanente de debates. Na Presidência da FMG, no Rio de Janeiro, o professor do Departamento de Evolução Econômica da Universidade do Estado do Rio (UERJ) Elias Marco Khalil Jabbour tem participado na produção de um novo conteúdo; do qual a esquerda possa aplicar na retomada do enfrentamento ao neoliberalismo econômico e o conservadorismo social. — O relançamento da seção RJ da Fundação Maurício Grabois foi um sucesso. O Rio de Janeiro ganha uma nova referência marxista e desenvolvimentista para discutir seus problemas e soluções. O nosso Estado não é uma ilha. É parte fundamental de um grande Projeto Nacional de Desenvolvimento — disse Jabbour.

Nível nacional

Ao lado dos professores Marcos Dantas (UFRJ) e Luís Manoel Fernandes (PUC-RJ), Jabbour mediou a discussão sobre as tendências do sistema em curso, para as próximas décadas. No debate ‘Capitalismo x Socialismo no Século XXI’, realizado no auditório do Sindicato dos Professores, no Centro do Rio, com os mais de 150 lugares tomados, falou-se, abertamente, sobre as dificuldades que a esquerda enfrenta para reconduzir ao equilíbrio a luta de classes. A iniciativa do Rio de Janeiro foi reproduzida, noite passada, na Capital Federal, durante a oficina “O papel do Estado e das empresas públicas”, organizada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e o Observatório da Democracia, com apoio da FMG. A experiência reuniu pesquisadores, gestores e representantes sindicais em Brasília para estudar a conjuntura política e econômica que está afetando as áreas atendidas pelas estatais brasileiras. Da mesma forma como essas iniciativas se reproduzem, outros setores da esquerda retomam, em nível nacional, a tentativa de vislumbrar uma nova alternativa para reconquistar o eleitorado perdido para um discurso de ódio e subserviência ao ideário capitalista norte-americano.

Previdência

Na noite desta terça-feira, em São Paulo, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ex-candidato à Presidência da República, professor Guilherme Boulos (PSOL), lidera o lançamento do Instituto Democratize, autodefinido como “um espaço para pensar alternativas para o Brasil com coragem, solidariedade e justiça social”. — A esquerda tem que ter humildade para reconhecer seus erros, e ousadia para pensar o futuro — pontuou Boulos. O Instituto, segundo seus dirigentes, quer ouvir "os outros lados"para fazer jus ao seu nome, mas não adere a aspirações de neutralidade em um debate que precisa ser feito. — A ideia é construir um projeto crítico, nacional e de esquerda. Ouvir as várias posições é fundamental para um debate qualificado — acrescentou o líder partidário.

Debates

Segundo Boulos é necessário formar espaços de diálogos que incluam localidades fora de São Paulo, local sede do primeiro seminário. Para tanto, os debates serão transmitidos pelas redes sociais, e reuniões semelhantes terão lugar, fora da capital. Na principal mesa do seminário intitulado “A Previdência precisa de reformas?” estarão especialistas e acadêmicos até esta quarta-feira, na capital paulista. Entre os palestrantes, o economista Luis Gonzaga Belluzzo e o engenheiro espanhol Mário Villanueva discorrerão sobre o projeto de capitalização no Chile.
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