No empurra-empurra, até o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, acabou barrado e permaneceu espremido na aglomeração por cerca de cinco minutos, até que seus assessores apresentaram o convite aos seguranças.
Por Redação - de Brasília
O coquetel realizado após a cerimônia de posse do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin reuniu cerca de 850 convidados na sede da mais alta corte do país, em Brasília, na véspera. A estimativa inicial era de 350 pessoas no convescote. Logo após a cerimônia, a presença expressiva de convidados se traduziu em uma extensa fila, formada por aqueles que desejavam cumprimentar o novo ministro. Políticos, advogados e desembargadores se espremiam no acesso ao Plenário do STF.

No empurra-empurra, até o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, acabou barrado e permaneceu espremido na aglomeração por cerca de cinco minutos, até que seus assessores apresentaram o convite aos seguranças.
— Isso está igual a (estação) Central do Brasil (no Centro do Rio de Janeiro) — brincou um dos convidados represados, segundo ouviu a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador Folha de S. Paulo (FSP).
‘Ministra!’
Na fila dos cumprimentos, que se alongava, a desembargadora federal Simone Schreiber, um dos nomes cotados para preencher a vaga da ministra Rosa Weber, deixou o plenário e adentrou o corredor abarrotado. Assim que foi vista, muitos a chamaram de “ministra", aclamada pelos presentes que se encontravam mais à frente.
— Não gosto disso, não. Isso não me agrada. Acho chato — comentou, em tom descontraído, ao ser perguntada sobre como recebia o tratamento.
A posse de Cristiano Zanin também foi tomada por um clima de comemoração por integrantes e aliados do governo Lula. De político preso a presidente mais uma vez, Lula participou sentado em lugar de honra da cerimônia que formalizou a ida de seu advogado na Lava Jato ao posto de ministro da Suprema Corte, mas preferiu não participar do coquetel, antevendo o grande número de presentes.
Mundo capota
Sua presença no Plenário do STF, no entanto, foi uma cena que marca a guinada histórica da relação do presidente com o Poder Judiciário.
— Muito bom viver esse momento histórico. O mundo não gira, o mundo capota. Ele (Lula) estava sentado ali, do lado da presidente (Rosa Weber) do lugar que deixou ele preso — resumiu o petista Jorge Viana, hoje presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), presente à solenidade.