Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Empresário da Ultrafarma enfrenta pedido de prisão por fiança não paga

Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, pode ser preso novamente por não pagar fiança de R$ 25 milhões. Entenda os detalhes do caso e as declarações da defesa.

Sexta, 22 de Agosto de 2025 às 14:27, por: CdB

Sidney Oliveira foi solto sob condição de depositar R$ 25 milhões; defesa afirma que prazo ainda não venceu.

Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo apresentou, na quinta-feira 21, um novo pedido de prisão contra o empresário Sidney Oliveira, fundador da rede Ultrafarma, por descumprimento das medidas cautelares impostas após sua soltura. O motivo é o não pagamento da fiança de R$ 25 milhões, determinada pela Justiça na última semana.

Empresário da Ultrafarma enfrenta pedido de prisão por fiança não paga | O empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma
O empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma

Sidney havia deixado a prisão no último dia 15, mediante uso de tornozeleira eletrônica e entrega do passaporte, mas a quitação da fiança foi considerada fundamental pelo juiz Paulo Fernando Deroma de Mello “diante do altíssimo poder econômico dos requeridos, bem como da gravidade concreta e do provável prejuízo aos cofres públicos”.

Em nota, a Ultrafarma afirmou que está colaborando com as investigações e que “as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no decorrer do processo e demonstrará a inocência no curso da instrução”. A marca também disse que “segue comprometida com a transparência, a legalidade e o trabalho legítimo, sobretudo com a confiança que milhões de brasileiros depositam diariamente na empresa”.

Já a defesa de Sidney sustenta que o empresário ainda tem prazo até esta sexta-feira para efetuar o depósito e, portanto, não estaria em atraso.

Sidney Oliveira foi preso em 12 de agosto durante a Operação Ícaro, que investiga um suposto esquema bilionário de corrupção e ressarcimento irregular de créditos de ICMS. Além do empresário, auditores fiscais e operadores do esquema também foram detidos. O diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, foi outro alvo da operação.

Fast Shop

A Fast Shop, em nota, declarou que “está colaborando integralmente com as autoridades” e reforçou que as investigações correm sob sigilo judicial. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por fim, informou que instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta do auditor fiscal envolvido e pediu compartilhamento das informações ao Ministério Público.

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