Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Embalado pela CEF, Lira promove sondagem de seu nome ao Planalto

Os dados da pesquisa revelaram que, se as eleições de 2026 ocorressem hoje, o presidente Lula (PT) obteria 36,6% das intenções de voto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surgiria como seu principal adversário, com 12,7% dos votos.

Quinta, 26 de Outubro de 2023 às 19:39, por: CdB

Os dados da pesquisa revelaram que, se as eleições de 2026 ocorressem hoje, o presidente Lula (PT) obteria 36,6% das intenções de voto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surgiria como seu principal adversário, com 12,7% dos votos.


Por Redação - de Brasília

Após conseguir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concordasse em empossar o indicado do ‘Centrão’ na Presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) para gerir uma empresa com ativos avaliados em mais de R$ 2,5 trilhões, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira coloca em marcha um plano mais audacioso.

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Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) tem pressionado Lula por mais espaço no governo


A interlocutores, Lira manifestou interesse em submeter seu nome a pesquisas de opinião sobre a Presidência da República, o que foi compartilhado com seus aliados no Congresso. Segundo apuração da jornalista Bela Megale em sua coluna, no diário conservador carioca O Globo, após o Instituto Paraná Pesquisas divulgar um levantamento - que não tinha o nome de Lira entre os concorrentes -, o parlamentar expressou desejo de avaliar seu potencial como candidato ao cargo.

Os dados da pesquisa revelaram que, se as eleições de 2026 ocorressem hoje, o presidente Lula (PT) obteria 36,6% das intenções de voto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surgiria como seu principal adversário, com 12,7% dos votos.

 

Demandas


Na prática, Lira tem posto garantido até fevereiro de 2025. Em uma demonstração de força, ele bloqueou a agenda econômica do governo na Casa, que busca aumentar a arrecadação em mais de R$ 60 bilhões. Logo após a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para o comando da CEF, demandas do Planalto foram atendidas, como a taxação de fundos e offshores, aprovada na noite passada.

 

Embora o ‘Centrão’ tenha conseguido a direção da Caixa, no entanto, o apetite de Lira não cessa e, agora, busca alcançar a influência total sobre as diretorias, embora a demanda não será totalmente atendida, por se tratar de um terreno minado por outras legendas partidárias.

Ainda assim, Lira tenta se estabelecer junto às diretoria mais relevantes, entre elas a de Habitação, atualmente ocupada por um nome com apoio do PT, Inês Magalhães, que o Palácio do Planalto não pretende ceder. No caso da Presidência da CEF, porém, o governo consultou o PP e o Republicanos antes do recesso parlamentar, oferecendo a oportunidade de participarem oficialmente da base aliada, obtendo uma resposta positiva.

 

Acordo


Para desbloquear os interesses do Planalto na Casa, os partidos solicitaram um ministério para cada um, sendo a CEF para o PP, de Arthur Lira, e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para o Republicanos.

Até que o acordo fosse cumprido, Lula levou dois meses para fazer os anúncios dos ministérios, mas deixou na prateleira a troca na Caixa, efetuada na véspera. Ou seja, o governo cumpre o acordo que fez no final do primeiro semestre, mas ao seu tempo.

O resultado, comemorado pela equipe econômica, foi a liberação dos projetos tributários para fundos exclusivos de investimentos e offshores, podendo garantir R$ 20 bilhões aos cofres do governo no ano que vem.

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