Rio de Janeiro, 26 de Dezembro de 2024

Embalado pela CEF, Lira promove sondagem de seu nome ao Planalto

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Quinta, 26 de Outubro de 2023 às 19:39, por: CdB

Os dados da pesquisa revelaram que, se as eleições de 2026 ocorressem hoje, o presidente Lula (PT) obteria 36,6% das intenções de voto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surgiria como seu principal adversário, com 12,7% dos votos.


Por Redação - de Brasília

Após conseguir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concordasse em empossar o indicado do ‘Centrão’ na Presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) para gerir uma empresa com ativos avaliados em mais de R$ 2,5 trilhões, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira coloca em marcha um plano mais audacioso.

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Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) tem pressionado Lula por mais espaço no governo


A interlocutores, Lira manifestou interesse em submeter seu nome a pesquisas de opinião sobre a Presidência da República, o que foi compartilhado com seus aliados no Congresso. Segundo apuração da jornalista Bela Megale em sua coluna, no diário conservador carioca O Globo, após o Instituto Paraná Pesquisas divulgar um levantamento - que não tinha o nome de Lira entre os concorrentes -, o parlamentar expressou desejo de avaliar seu potencial como candidato ao cargo.

Os dados da pesquisa revelaram que, se as eleições de 2026 ocorressem hoje, o presidente Lula (PT) obteria 36,6% das intenções de voto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surgiria como seu principal adversário, com 12,7% dos votos.

 

Demandas


Na prática, Lira tem posto garantido até fevereiro de 2025. Em uma demonstração de força, ele bloqueou a agenda econômica do governo na Casa, que busca aumentar a arrecadação em mais de R$ 60 bilhões. Logo após a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para o comando da CEF, demandas do Planalto foram atendidas, como a taxação de fundos e offshores, aprovada na noite passada.

 

Embora o ‘Centrão’ tenha conseguido a direção da Caixa, no entanto, o apetite de Lira não cessa e, agora, busca alcançar a influência total sobre as diretorias, embora a demanda não será totalmente atendida, por se tratar de um terreno minado por outras legendas partidárias.

Ainda assim, Lira tenta se estabelecer junto às diretoria mais relevantes, entre elas a de Habitação, atualmente ocupada por um nome com apoio do PT, Inês Magalhães, que o Palácio do Planalto não pretende ceder. No caso da Presidência da CEF, porém, o governo consultou o PP e o Republicanos antes do recesso parlamentar, oferecendo a oportunidade de participarem oficialmente da base aliada, obtendo uma resposta positiva.

 

Acordo


Para desbloquear os interesses do Planalto na Casa, os partidos solicitaram um ministério para cada um, sendo a CEF para o PP, de Arthur Lira, e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para o Republicanos.

Até que o acordo fosse cumprido, Lula levou dois meses para fazer os anúncios dos ministérios, mas deixou na prateleira a troca na Caixa, efetuada na véspera. Ou seja, o governo cumpre o acordo que fez no final do primeiro semestre, mas ao seu tempo.

O resultado, comemorado pela equipe econômica, foi a liberação dos projetos tributários para fundos exclusivos de investimentos e offshores, podendo garantir R$ 20 bilhões aos cofres do governo no ano que vem.

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