Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2025

Edson Fachin vota por aprovar delação de Cabral, que cita o ministro Toffoli

Fachin votou a favor da colaboração de Cabral, mas se manifestou contrário à possibilidade de a PF fechar acordos de colaboração sem o aval do Ministério Público. Portanto, o relator da Lava Jato adentrou em assunto que antecede o caso concreto, tese que terá que ser enfrentada pelo tribunal no julgamento.

Sexta, 21 de Maio de 2021 às 13:41, por: CdB

Fachin votou a favor da colaboração de Cabral, mas se manifestou contrário à possibilidade de a PF fechar acordos de colaboração sem o aval do Ministério Público. Portanto, o relator da Lava Jato adentrou em assunto que antecede o caso concreto, tese que terá que ser enfrentada pelo tribunal no julgamento.

Por Redação - de Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Fachin votou favoravelmente à validade da delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, firmada com a Polícia Federal, e inaugura o placar no julgamento.

fachin.jpgOperação Lava Jato
Fachin relata os processos da , entre eles o que cita suposta corrupção do ministro Dias Toffoli

Fachin votou a favor da colaboração de Cabral, mas se manifestou contrário à possibilidade de a PF fechar acordos de colaboração sem o aval do Ministério Público. Portanto, o relator da Lava Jato adentrou em assunto que antecede o caso concreto, tese que terá que ser enfrentada pelo tribunal no julgamento.

Se ficar vencido nesta questão inicial —ou seja, se o Supremo reconhecer a prerrogativa da PF sobre as delações—, Fachin valida o acordo de Cabral por entender que ele se enquadra nos precedentes do tribunal e demais dispositivos legais.

Colaboração

A questão foi levantada em recurso contra a homologação do acordo de Cabral, no qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) alegou a necessidade de anuência do Ministério Público nos acordos firmados pela polícia. No caso do ex-governador não houve essa anuência.

“Não é constitucionalmente admissível que a autoridade policial celebre acordo de colaboração previamente rejeitado pelo Ministério Público”, votou Fachin.

“Assim não fosse, ao fim e ao cabo, a autoridade policial estaria sendo colocada na condição de revisora do agir ministerial, em evidente e indevida emulação dos papéis constitucionalmente estabelecidos”, concluiu o ministro.

Na delação de Cabral, consta que o ministro da Corte Suprema Dias Toffoli teria recebido propina para liberar assuntos de interesse do ex-governador. O magistrado nega.

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