Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Dono de imóvel usado por suspeitos de matar ex-delegado é preso

Um homem de 36 anos foi preso por estar ligado ao assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz, com um fuzil encontrado em sua casa. Três suspeitos continuam foragidos.

Segunda, 22 de Setembro de 2025 às 14:55, por: CdB

Segundo as investigações, um dos fuzis usados na execução esteve armazenado na casa; três pessoas ainda seguem foragidas.

Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu o quarto suspeito de envolvimento na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz: um homem de 36 anos proprietário de uma casa que, segundo as investigações, foi usada pelos suspeitos antes da execução. Ele é a quarta pessoa presa por suspeita de envolvimento no caso, e três ainda estão foragidas.

Dono de imóvel usado por suspeitos de matar ex-delegado é preso | Polícia prende proprietário de imóvel ligado à morte de ex-delegado
Polícia prende proprietário de imóvel ligado à morte de ex-delegado

A ordem de prisão contra o dono do imóvel foi expedida pela Justiça no último sábado, depois que foi identificada a presença de material genético dele na casa, que é usada para aluguel de temporada. Ele se entregou a uma delegacia da capital paulista na madrugada de domingo e, segundo seu advogado, está colaborando com a Justiça.

De acordo com polícia, uma mulher, que também está presa, esteve na residência para buscar um fuzil que foi usado pelos executores de Ruy Ferraz. Outros dois homens também já foram localizados, e há três ordens de prisão ainda não cumpridas.

A morte de Ruy Ferraz completa uma semana nesta segunda-feira. No último dia 15, ele foi alvo de emboscada quando deixava o local de trabalho – ele era secretário de Administração do município de Praia Grande.

O crime

Ferraz ainda tentou fugir, mas o carro dele colidiu com um ônibus e tombou. Três homens armados desceram do carro que o perseguia e dispararam. O ex-delegado morreu no local.

Ferraz foi um dos primeiros delegados a investigar a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), ainda no fim da década de 1990 e início dos anos 2000. Reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo, mostra que ele estava na mira do crime organizado, mesmo após ter deixado a Polícia Civil. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, porém, não descarta outras linhas de investigação sobre a execução.

Edições digital e impressa