O ex-delegado-geral de São Paulo foi executado na segunda-feira 15 em Praia Grande.
Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira o segundo suspeito de participação na execução de Ruy Ferraz, ex-delegado-geral da corporação. Com isso, já são duas pessoas presas por suposto envolvimento no crime, que aconteceu na segunda-feira 15 em Praia Grande, litoral do estado. Outras três são procuradas.

Segundo a Polícia, o homem que foi preso nesta sexta é acusado de participação na organização logística do crime. A outra pessoa presa é uma mulher, que, segundo as investigações, foi a responsável por transportar uma das armas usadas na execução.
A arma, um fuzil, estava em uma residência de Praia Grande usada para aluguel de temporada. Os investigadores vão ouvir todas as pessoas que alugaram o imóvel nas últimas semanas, além do proprietário e do irmão dele, que é policial militar.
A Justiça expediu três outros mandados de prisão. Essas pessoas seguem foragidas até a manhã desta sexta-feira.
Praia Grande
Ruy Ferraz, que ocupava o cargo de secretário de Administração de Praia Grande, foi morto após deixar o local de trabalho na segunda-feira. O carro dele foi alvo de uma emboscada. Ferraz tentou fugir, mas o veículo acabou se chocando com um ônibus. Os executores se aproveitaram da situação e dispararam, matando o ex-delegado-geral.
O ex-delegado foi pioneiro nas investigações contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), no início dos anos 2000. Por isso, uma das principais suspeitas é de retaliação por parte do crime organizado. O secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, que recusou ajuda da Polícia Federal no caso, disse que nenhuma hipótese está descartada.