Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Polícia prende duas pessoas e busca três suspeitos no caso Ruy Ferraz

Duas pessoas foram presas e três continuam foragidas no caso da execução do ex-delegado Ruy Ferraz, em Praia Grande. Investigação aponta retaliação do crime organizado.

Sexta, 19 de Setembro de 2025 às 14:34, por: CdB

O ex-delegado-geral de São Paulo foi executado na segunda-feira 15 em Praia Grande.

Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira o segundo suspeito de participação na execução de Ruy Ferraz, ex-delegado-geral da corporação. Com isso, já são duas pessoas presas por suposto envolvimento no crime, que aconteceu na segunda-feira 15 em Praia Grande, litoral do estado. Outras três são procuradas.

Polícia prende duas pessoas e busca três suspeitos no caso Ruy Ferraz | Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo

Segundo a Polícia, o homem que foi preso nesta sexta é acusado de participação na organização logística do crime. A outra pessoa presa é uma mulher, que, segundo as investigações, foi a responsável por transportar uma das armas usadas na execução.

A arma, um fuzil, estava em uma residência de Praia Grande usada para aluguel de temporada. Os investigadores vão ouvir todas as pessoas que alugaram o imóvel nas últimas semanas, além do proprietário e do irmão dele, que é policial militar.

A Justiça expediu três outros mandados de prisão. Essas pessoas seguem foragidas até a manhã desta sexta-feira.

Praia Grande

Ruy Ferraz, que ocupava o cargo de secretário de Administração de Praia Grande, foi morto após deixar o local de trabalho na segunda-feira. O carro dele foi alvo de uma emboscada. Ferraz tentou fugir, mas o veículo acabou se chocando com um ônibus. Os executores se aproveitaram da situação e dispararam, matando o ex-delegado-geral.

O ex-delegado foi pioneiro nas investigações contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), no início dos anos 2000. Por isso, uma das principais suspeitas é de retaliação por parte do crime organizado. O secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, que recusou ajuda da Polícia Federal no caso, disse que nenhuma hipótese está descartada.

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