É neste ponto que entra Ciro Gomes, segundo Dirceu. A desistência do pedetista deixaria Lula muito perto de derrotar o governo atual no primeiro turno. Para Dirceu, a "hora da verdade" de Ciro Gomes chegará. Ou seja, o momento em que o pedetista deverá optar por um projeto pessoal de poder ou por garantir a vitória da democracia sobre a barbárie.
Por Redação - de São Paulo
O ex-ministro José Dirceu (PT) esteve reunido, na noite passada, com outros petistas e, no encontro, ventilado a possibilidade de desistência da candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência. Dirceu falou da força do bolsonarismo e da possibilidade de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), mas se mostrou otimista, ainda que cauteloso, com a vitória do ex-presidente Lula (PT) já no primeiro turno.
— Nós sabemos da força do bolsonarismo. Sabemos da força e da capacidade que eles têm de mobilização, de ocupar as redes. Sabemos que é preciso urgentemente mudar completamente a nossa campanha — afirmou Dirceu, na reunião.
Na avaliação do líder petista, “é muito esperançosa a possibilidade de vitória (no primeiro turno), mas muito realista de que é preciso reorganizar, botar ordem na casa para fazer a campanha”.
Hora da verdade
— Nós já temos experiência de 2018 e sabemos o que é uma campanha contra o bolsonarismo e como ele se comporta. Sabemos dos riscos da violência, dos riscos de desestabilização, dos riscos de colocar a própria eleição e o calendário eleitoral em risco e depois não aceitar o resultado — acrescentou.
Segundo cálculos do ex-ministro, Lula precisa ao menos empatar em votos com Bolsonaro em São Paulo, obter três milhões em Minas Gerais, um milhão no Rio de Janeiro, empatar com Bolsonaro no Centro-Oeste e no Norte e no Nordeste.
É neste ponto que entra Ciro Gomes, segundo Dirceu. A desistência do pedetista deixaria Lula muito perto de derrotar o governo atual no primeiro turno. Para Dirceu, a "hora da verdade" de Ciro Gomes chegará. Ou seja, o momento em que o pedetista deverá optar por um projeto pessoal de poder ou por garantir a vitória da democracia sobre a barbárie, representada por Jair Bolsonaro (PL).