Dilma Rousseff também destacou o papel das fake news e do que chamou de “manipulação midiática” que teve de enfrentar em seu governo. Segundo Dilma, o uso dessas ferramentas “se tornaram uma ferramenta privilegiada a serviço da misoginia”.
Por Redação, com agências internacionais - de Paris
A presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), atual presidente do Banco dos BRICS, afirmou nesta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, que “o preconceito e a misoginia constituíram um pano de fundo” para o golpe que a derrubou da Presidência da República, em 2016.
— A misoginia representa a repulsa do patriarcalismo face às mulheres que ousam sair de suas esferas. E a extrema direita critica e tem ódio de tudo o que é diferente. No golpe contra mim em 2016, o preconceito e a misoginia constituíram um pano de fundo para a destituição da única mulher eleita presidente. Isso levou a uma total perda de direitos — disse Dilma na conferência ‘Em 2024, uma mulher = um homem? Uma questão de poder’, realizada em Paris.
Desigualdades
Dilma Rousseff também destacou o papel das fake news e do que chamou de “manipulação midiática” que teve de enfrentar em seu governo. Segundo Dilma, o uso dessas ferramentas “se tornaram uma ferramenta privilegiada a serviço da misoginia”.
Atualmente à frente do Banco dos BRICS, Housseff também ressaltou a importância de reduzir as desigualdades, não apenas de gênero, mas também sociais.
— Sem reconhecer os direitos das mulheres, os direitos não são humanos. É sobre a mulher negra e indígena que recai a maior desigualdade na América Latina. Para que a política de combate à desigualdade seja efetiva, ela precisa focar nas mulheres, nos negros e nos indígenas — acrescentou.
Ainda segundo Housseff, nos países do Sul global, a pobreza tem a face da mulher.
— No Basil, para superar a pobreza e a exclusão, é preciso colocar foco prioritário nas mulheres, na igualdade de gênero e social — concluiu.