Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Devassa na Lava Jato mostra ação do PT contra os acordos de leniência

Segundo os partidos, os documentos fornecem indícios de que os acordos foram fechados pelo Ministério Público Federal (MPF) sem a devida participação dos órgãos da União e em condições de "coação", considerando que os executivos das empresas estavam sob custódia.

Terça, 18 de Julho de 2023 às 15:30, por: CdB

Segundo os partidos, os documentos fornecem indícios de que os acordos foram fechados pelo Ministério Público Federal (MPF) sem a devida participação dos órgãos da União e em condições de "coação", considerando que os executivos das empresas estavam sob custódia.


Por Redação - de Brasília

A devassa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Operação Lava Jato reforça a contestação de aliados do presidente Lula (PT) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra acordos de leniência firmados pelas empreiteiras do chamado "Clube VIP" envolvidas em casos de corrupção com a Petrobras. O PCdoB, o PSOL e o Solidariedade, todos da base governista, moveram uma ação no STF com base em documentos obtidos durante a devassa na vara responsável pelos processos da Lava Jato.

justica.jpeg
A ação do CNJ sobre os bilionários acordos de leniência implica o ex-juiz parcial e incompetente, hoje senador, Sérgio Moro (UB-PR)


Segundo os partidos, os documentos fornecem indícios de que os acordos foram fechados pelo Ministério Público Federal (MPF) sem a devida participação dos órgãos da União e em condições de "coação", considerando que os executivos das empresas estavam sob custódia. Por essa razão, os partidos pleiteiam a suspensão do pagamento de todas as multas impostas às empresas até o ano de 2020.

Mais de bilhão


Este é o período que abrange os principais acordos da Lava Jato, envolvendo empresas como Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC e Camargo Corrêa, totalizando R$ 8,1 bilhões em multas, dos quais apenas pouco mais de R$ 1 bilhão foram pagos até o momento. Caso a ação seja acatada pelo STF, os pagamentos seriam interrompidos, e os valores renegociados.

Os documentos anexados pelos partidos possuem um significado simbólico, representando uma ofensiva contra figuras-chave da Operação Lava Jato, como o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o ex-juiz parcial e atual senador Sergio Moro (União-PR). As legendas destacam a reação vigorosa do Judiciário frente a supostos abusos cometidos durante a Lava Jato.

Edições digital e impressa