Rio de Janeiro, 21 de Março de 2025

Convocação de Moro e depoimento de Dallagnol têm desdobramentos

Garcia afirma que Moro o instruiu a agir como agente infiltrado sem advogado. Garcia também afirma que Moro interferiu para afastar Appio quando este submeteu os dados ao Supremo Tribunal Federal.

Segunda, 05 de Junho de 2023 às 15:06, por: CdB

Garcia afirma que Moro o instruiu a agir como agente infiltrado sem advogado. Garcia também afirma que Moro interferiu para afastar Appio quando este submeteu os dados ao Supremo Tribunal Federal.


Por Redação - de Brasília

O deputado Rogério Correia (PT-MG) confirmou, nesta segunda-feira, a convocação do empresário Tony Garcia, que delata o ex-juiz suspeito Sergio Moro, hoje senador, e vários procuradores da Lava Jato. O delator revelou, em entrevista ao site de notícias 247, ter sido usado como "agente infiltrado" para perseguir inimigos e adversários políticos do ex-juiz, que foi retratado como um personagem mafioso.

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Moro e Dallagnol formavam uma dupla articulada para desrespeitar a Lei, no âmbito da Lava Jato


Garcia, um colaborador da ‘Operação Lava Jato’, também acusa Moro de interferir para afastar o juiz federal Eduardo Appio da operação. Segundo Garcia, Appio continuaria as investigações que ele havia iniciado com a juíza Gabriela Hardt. Garcia alega que trabalhou para a Lava Jato por anos, fornecendo informações de interesse da operação.

O delator afirma que Moro o instruiu a agir como agente infiltrado sem advogado. Garcia também afirma que Moro interferiu para afastar Appio quando este submeteu os dados ao Supremo Tribunal Federal.

Cassado


O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira na condição de investigado por ter compartilhado uma entrevista em que alega que ministros do TSE votaram por sua cassação movidos por interesses políticos.

O ex-deputado afirma ter exercido seu direito de expressão e estar protegido pela imunidade parlamentar quanto a suas opiniões e palavras. Além disso, ele alega não poder fornecer mais detalhes sobre a investigação devido ao sigilo decretado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do caso.

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