As emendas apresentadas por parlamentares com execução obrigatória pelo governo, segundo o líder, trata-se de “uma anomalia do sistema” que se consolidou nos últimos quatro anos e continuou no primeiro ano do atual governo.
Por Redação - de Brasília
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) voltou a criticar, nesta terça-feira o que considera um “crescimento absurdo” das emendas parlamentares impositivas. Segundo o senador, para o ano que vem deve haver entre R$ 52 bilhões e R$ 54 bilhões nesse tipo de emenda.
— Não sei se o governo terá esse volume para fazer investimento discricionário — adiantou.
As emendas apresentadas por parlamentares com execução obrigatória pelo governo, segundo o líder, trata-se de “uma anomalia do sistema” que se consolidou nos últimos quatro anos e continuou no primeiro ano do atual governo.
— Isso vai tirando a discricionariedade do governo. É um problema porque, uma parte das emendas se encaixam nos programas do governo, mas tem um volume grande de emendas que são dispersas — pontuou
Parlamento
O líder chegou a sugerir que seja realizado um novo plebiscito para definir o sistema de governo do país.
— Eu não sou parlamentarista, mas era melhor que se fizesse um plebiscito. Pelo menos no parlamentarismo, se tiver gastança dispersa, a responsabilidade é do governo do Parlamento, e o governo cai. Aqui (no presidencialismo), você pode gastar as emendas e se depois alguma coisa falta, a culpa é do Executivo — acrescentou.
Wagner também criticou a derrubada do veto presidencial ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento. Segundo o líder, o Congresso ainda não entendeu que a presidência está “sob nova direção”, que é totalmente diferente da anterior
— O presidente (da República, Luiz Inácio Lula da Silva) é muito mais da reciprocidade e do reconhecimento do que da faca no pescoço — concluiu.