Tanto o governo quanto a oposição, no entanto, preparam-se intensamente para a batalha que se vislumbra para os próximos meses. Os líderes de ambos os lados estão testando nomes para compor o colegiado, traçando estratégias para ocupar os postos de comando e já começaram a tecer argumentos, discursos e alvos para debates e diligências.
Por Redação - de Brasília
Depois que o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de Janeiro (8/1) nesta quarta-feira, em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado, líderes bolsonaristas perceberam “o tiro no pé” que teria sido o apoio às investigações, revelou o deputado Lindbergh Faria (PT-RJ), cotado para integrar o colegiado.
Tanto o governo quanto a oposição, no entanto, preparam-se intensamente para a batalha que se vislumbra para os próximos meses. Os líderes de ambos os lados estão testando nomes para compor o colegiado, traçando estratégias para ocupar os postos de comando e já começaram a tecer argumentos, discursos e alvos para debates e diligências.
Fufuca
Nesta terça-feira, senadores dos dois blocos oposicionistas realizaram a primeira reunião voltada a listar prioridades, definir participantes e prever tarefas iniciais. Em paralelo, aliados do Planalto, sob a direção do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), investiram tempo e influência para fechar o acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vai determinar qual será a verdadeira potência deles na CPMI.
Em reunião com líderes, na véspera, Lira consagrou sua indicação do deputado aliado André Fufuca (PP-MA) para a relatoria. Mas a decisão não foi tomada e outros nomes ainda podem ficar com o cargo.
A sessão do Congresso para abertura da comissão foi convocada uma semana depois que o general Marco Gonçalves Dias pediu demissão do posto de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).