Segundo a publicação, 51 pessoas suspeitas de participação nos atos quebraram as tornozeleiras eletrônicas. Esse grupo é composto por pessoas com mandados de prisão em aberto.
Por Redação, com CartaCapital – de Brasília
Ao menos 10 pessoas condenadas ou investigadas por participação nos ataques golpistas do 8 de Janeiro já quebraram as tornozeleiras eletrônicas e fugiram do País. A informação foi revelada nesta terça-feira 14 pelo site UOL.
Segundo a publicação, 51 pessoas suspeitas de participação nos atos quebraram as tornozeleiras eletrônicas. Esse grupo é composto por pessoas com mandados de prisão em aberto.
Desse total, ao menos 10 fugiram do Brasil através das fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O principal destino, segundo a reportagem, seria a Argentina e o Uruguai.
Os números foram obtidos a partir de registros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Fontes ligadas aos fugitivos, como familiares, também confirmaram as informações.
Golpe de Estado
Dos 10 que saíram do Brasil, sete foram condenados pela Suprema Corte a mais dez anos de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado.
Um deles é Daniel Bressan, que, mesmo fugido, utiliza as redes sociais para fazer campanha de arrecadação de fundos para financiar o que ele mesmo chama de “exílio político”.
A publicação também aponta que ainda não há alerta da Interpol pelos fugitivos ao exterior. O STF também não comentou o caso. Já as polícias civis de SC e RS dizem que não foram solicitadas a fazer buscas pelos fugitivos.
Moraes concede liberdade provisória a coronel da PM do DF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu na segunda-feira 13 liberdade provisória para o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal. Ele foi preso em 2023 por suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro.
A decisão acatou pedido da defesa do militar que argumentou que não haveria mais necessidade de manter Naime preso após o coronel ter sido transferido para a reserva remunerada da corporação. Naime estava preso desde fevereiro de 2023.
O ex-comandante e terá que cumprir medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica e proibição do uso de redes sociais e de qualquer comunicação com os demais envolvidos no processo.
Além disso, Moraes também determinou a suspensão do porte e de possíveis registros de armas de fogo e o cancelamento do passaporte do militar.
Em junho, o ex-comandante do Departamento Operacional da PM-DF prestou depoimento à CPMI do 8 de Janeiro e admitiu falhas na contenção dos ataques, mas alegou que seu setor não havia recebido os alertas de inteligência.
Ainda segundo Naime, as informações repassadas no grupo de WhatsApp que reunia a cúpula da Segurança Pública e outras autoridades não eram relatórios de inteligência, mas informes, que não permitem o planejamento da corporação.