A vitória ressalta a influência das militâncias Primavera Socialista e Revolução Solidária, que apoiam uma abordagem menos radical e uma maior aproximação com o Partido dos Trabalhadores (PT). No discurso após eleita, Paula Coradi enfatizou os desafios que o PSOL enfrentará no futuro e a importância do partido como uma referência para diversos movimentos sociais.
Por Redação - de Brasília
O 15º Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu a militante Paula Coradi como presidente nacional da legenda e consolidou a vitória do grupo liderado por Guilherme Boulos, deputado proeminente na esquerda e eleitor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A chapa "Todas as Lutas", encabeçada por Coradi, conquistou 300 votos, superando com folga o grupo "Bloco Democrático de Esquerda", que obteve 147 votos.
A vitória ressalta a influência das militâncias Primavera Socialista e Revolução Solidária, que apoiam uma abordagem menos radical e uma maior aproximação com o Partido dos Trabalhadores (PT). No discurso após eleita, Paula Coradi enfatizou os desafios que o PSOL enfrentará no futuro e a importância do partido como uma referência para diversos movimentos sociais.
Coradi também destacou a necessidade de abordar questões ambientais com uma perspectiva que considere não apenas a preservação da natureza, mas também a presença humana no território. O congresso, no entanto, não ocorreu sem controvérsias e tumultos.
Trotsky
Houve uma briga entre militantes de diferentes vertentes do partido durante o encontro, que precisou ser controlada por outros integrantes do PSOL. Um dos principais pontos de discórdia foi uma discussão sobre a figura de Leon Trotsky, o revolucionário russo assassinado em 1940, que é reverenciado por alguns grupos dentro do partido.
Além disso, a batalha de gritos de guerra entre os grupos Primavera Socialista e Movimento Esquerda Socialista chamou a atenção dos observadores estrangeiros que acompanharam o congresso.