As disputas são marca da bancada desde a campanha eleitoral do ano passado. Mas o clima acirrou com as disputas internas por cargos e pelo comando da liderança.
Por Redação - de Brasília
O PSL, segunda maior bancada na Câmara, inicia o mandato dividida e fragmentada. As disputas internas aumentam com a proximidade da posse, marcada para esta sexta-feira, por conta de cargos de comando na Câmara.
As disputas são marca da bancada desde a campanha eleitoral do ano passado. Mas o clima acirrou com as disputas internas por cargos e pelo comando da liderança. Integrantes da bancada têm dito a jornalistas que há mais candidatos do que cargos no acordo fechado com o Democratas, para a reeleição do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A 2ª vice-presidência da Mesa Diretora; além do comando das duas principais comissões da Casa: a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) são os postos definidos no acordo, para a legenda.
Voto secreto
Hoje deputado, mas eleito para uma cadeira no Senado, o Major Olímpio, presidente do PSL do Estado de São Paulo, confirma a existência de conflitos internos na legenda.
Segundo parlamentares da bancada, o escândalo sobre movimentações financeiras suspeitas do ex-policial militar Fabrício Queiroz, que trabalhava para o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), primogênito do presidente da República, tem sido um ponto de discórdia importante.
A extensão da crise deixa uma incógnita sobre os rumos dos 52 votos da bancada na eleição de Maia. Um deputado de primeira viagem, estreante no Congresso, lembrou que não há punição prevista para aquele deputado que não votar segundo os interesses do governo, uma vez que o voto na eleição é secreto.