Ainda nesta manhã, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, tratou de colocar ‘panos quentes’ na fricção entre Padilha e o presidente da Câmara. Ele afirmou, a jornalistas, que as críticas ao ministro não afetam a relação entre o governo e o Congresso.
Por Redação - de Brasília
Ministro das Relações Institucionais, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou, nesta sexta-feira, que continuará trabalhando junto ao Congresso para aprovar pautas de interesse do país e que não irá descer ao nível das acusações feitas contra ele pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
— Não vou descer a esse nível — disse Padilha durante participação em um encontro no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. Ainda segundo o ministro, "quando um não quer, dois não brigam".
As declarações de Padilha acontecem logo depois de Lira o acusar, sem provas, de vazar para a mídia conservadora que ele teria saído enfraquecido como presidente da Câmara após a votação em Plenário da Câmara ter aprovado a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso pela Polícia Federal (PF) pela suspeita de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Lira também qualificou o ministro como sendo um "desafeto pessoal" e “incompetente".
Emicida
Na reunião, nesta manhã, Padilha citou versos do rapper Emicida ao ser questionado sobre o caso: “Rancor é tumor, envenena a raiz, e a plateia quer ser feliz" e acrescentou:
— O Brasil quer ser feliz.
O ministro também fez referência a um vídeo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogia sua atuação à frente da pasta.
— Sobre competência, eu deixo as palavras do presidente Lula. O presidente Lula já falou sobre isso — pontuou.
Panos quentes
Ainda nesta manhã, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, tratou de colocar ‘panos quentes’ na fricção entre Padilha e o presidente da Câmara. Ele afirmou, a jornalistas, que as críticas ao ministro não afetam a relação entre o governo e o Congresso.
— Nossa relação com o Congresso é muito positiva, todos os temas relevantes e importantes para o governo foram aprovados (...) sinceramente, gente, eu acho que é muito mais um momento de desencontro de palavras do que propriamente uma situação que vai comprometer essa relação. Na minha opinião, no decorrer do dia de hoje, mais tardar aí, na segunda-feira já está tudo bem — disse Pimenta.
Ainda segundo o ministro da Secom, este é um assunto que, ao longo deste fim de semana, encontrará “um ponto de equilíbrio, de diálogo e isso não vai prejudicar em nada o andamento do processo legislativo, do cronograma de votações”. Ainda segundo Pimenta, o Planalto não irá permitir que “uma declaração possa, de um forma ou outra, comprometer esse diálogo e a necessidade dessa boa relação (entre governo e Congresso)”.