Até os seguidores mais radicais, que alimentam esses grupos com teorias conspiratórias, já revelam a visão de que os inquéritos em curso têm motivações políticas e que o ex-mandatário seria alvo de uma trama armada por figuras do cenário nacional e internacional e acabará sendo preso, segundo a mídia conservadora.
11h51 - de Brasília
O desgaste na imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de uma série de investigações no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou-se ainda mais grave, nesta quinta-feira, com a constatação do abandono de parte do seu rebanho, nas rede sociais. Em meio à investigação da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias, propinas e presentes recebidos durante seu mandato, no entanto, grupos de Telegram ligados à extrema direita têm tratado o assunto como uma suposta perseguição política contra o ex-presidente.

Mas até os seguidores mais radicais, que alimentam esses grupos com teorias conspiratórias, já revelam a visão de que os inquéritos em curso têm motivações políticas e que o ex-mandatário seria alvo de uma trama armada por figuras do cenário nacional e internacional e acabará sendo preso, segundo a mídia conservadora.
Supergrupos
Uma análise realizada pelo Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia (LABHDUFBA) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou uma série de mensagens nos grupos, com termos como "joias", "jóias", "joias sauditas", "colar", "brincos", "anel" e "relógio". Essas mensagens, distribuídas em 41 canais e 50 supergrupos com mais de 200 usuários, datam de 10 a 15 de agosto.
Dentro desses grupos, uma narrativa recorrente afirma que a investigação é uma "construção de narrativas" e insinua que os agentes da PF estariam orquestrando a prisão de Bolsonaro, em conluio com figuras com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça Flávio Dino. A alegação se destaca nas redes bolsonaristas.