Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Aras diz que Bolsonaro não combinou com ele fim de investigações sobre as fake news

Aras também comentou declarações do presidente de que ele seria um forte candidato caso possa indicar um terceiro nome ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Terça, 02 de Junho de 2020 às 12:39, por: CdB

Aras também comentou declarações do presidente de que ele seria um forte candidato caso possa indicar um terceiro nome ao Supremo Tribunal Federal (STF). O mandato de Bolsonaro vai até o final de 2022, até lá o ministro Celso de Mello se aposentará compulsoriamente em novembro deste ano.

Por Redação - de Brasília

O procurador-geral da República, Augusto Aras, deixou escapar, em entrevista a uma rede pública de TV, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não combinou com ele quando falou em arquivamento do inquérito que apura se o presidente tentou interferir, politicamente, na Polícia Federal.

augusto-aras.jpg
O procurador-geral Augusto Aras tem sido complacente com o presidente da República, Jair Bolsonaro

— Ocorre que é uma declaração unilateral. O presidente esqueceu de combinar comigo — disse Aras, na entrevista ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo de Televisão. O procurador-geral evitou afirmar qual será o destino do inquérito, que pode ser arquivado ou levar a uma denúncia contra Bolsonaro.

Aras também comentou declarações do presidente de que ele seria um forte candidato caso possa indicar um terceiro nome ao Supremo Tribunal Federal (STF). O mandato de Bolsonaro vai até o final de 2022, até lá o ministro Celso de Mello se aposentará compulsoriamente em novembro deste ano ao completar 75 anos, e o mesmo acontecerá com Marco Aurélio Mello no ano que vem.

Projetos

Uma eventual terceira vaga neste mandato de Bolsonaro, que já disse que pretende buscar a reeleição em 2022, só abriria em caso de morte ou aposentadoria voluntária de um dos demais ministros da corte. Ao comentar o assunto, Aras disse que chegou ao topo de sua carreira e que não pensa além do período de dois anos que tem à frente da Procuradoria-Geral da República.

— Cheguei ao ápice da minha carreira. Não faço projeto para além de dois anos — afirmou Aras.

O procurador-geral avaliará o pedido de abertura de inquérito contra o presidente, encaminhado pela Corte Suprema. Aras tem sido criticado por seus colegas por manter um relacionamento muito próximo a Bolsonaro, que lhe fez uma visita de supresa.

Edições digital e impressa