Na esquerda, líderes partidários vão mais longe e avaliam que a estratégia pode se transformar num ‘tiro no pé’ e isolar ainda mais o PL, no Congresso.
Por Redação – de Brasília
Líderes na Câmara ouvidos nos últimos dias pela mídia conservadora disseram, reservadamente, que este não é o momento para a tramitação do Projeto de Lei (PL) que propõe anistia ao ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) e os demais réus no golpe fracassado em 8 de Janeiro, mesmo diante da pressão feita neste domingo sobre o presidente da Casa, Hugo Motta, em ato público realizado na capital paulista.

Na esquerda, líderes partidários vão mais longe e avaliam que a estratégia pode se transformar num ‘tiro no pé’ e isolar ainda mais o PL, no Congresso.
— É uma tática de desespero. Se acham que Hugo vai pautar alguma coisa essa semana depois de tentarem emparedar ele, estão errados — afirmou o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira.
Desgaste
Para Mário Heringer (MG), líder do PDT, trata-se de um desserviço institucional.
— Atacar Hugo Motta é um desserviço institucional, mantém a atitude transgressora contra as instituições e Constituição. O movimento do encontro é legítimo, mas mais uma vez errático — afirmou.
Deputados de direita, centro e esquerda também observaram que Motta foi um alvo claro do bolsonarismo. O principal escalado para fazer o ataque foi o pastor Silas Malafaia.
— Senhor presidente da Câmara, Hugo Motta, disse ‘eu sou arbitro, juiz’. Só se for juiz iníquo, porque ele pediu para os líderes partidários para não assinar urgência do projeto de anistia. Espero, Bolsonaro, se Hugo Motta estiver assistindo isso aqui, que ele mude, porque você, Hugo Motta, está envergonhando o honrado povo da Paraíba — concluiu Malafaia.