O documento foi encaminhado na véspera à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), autarquia que conta com apoio técnico-administrativo do Ministério dos Direitos Humanos.
Por Redação – de São Paulo
Um grupo de ex-Integrantes da extinta Comissão da Verdade de São Paulo, ao lado de pessoas influentes ligadas à defesa dos Direitos Humanos, por todo o país, elaborou o manifesto que pede a imediata reabertura das investigações sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek (PSD), ocorrida em 1976, em plena ditadura militar.

O documento foi encaminhado na véspera à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), autarquia que conta com apoio técnico-administrativo do Ministério dos Direitos Humanos. Ainda no mês passado, conforme noticiou o Correio do Brasil, a comissão já havia discutido a possibilidade de revisitar o caso, mas decidiu ouvir primeiro a opinião dos familiares de JK e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, antes de deliberar sobre a reabertura do caso.
Rubens Paiva
O pedido de reabertura da investigação foi protocolado em 2024, após a reinstalação da comissão, pelo ex-vereador Gilberto Natalini, que presidiu a Comissão da Verdade Municipal de São Paulo, e pelo escritor Ivo Patarra. Ambos também assinam o manifesto que pede por novas investigações.
Os documentos apontam que perícias recentes mostram inconsistências na versão oficial de acidente automobilístico e sugerem a possibilidade de sabotagem. O grupo argumenta que o caso deve ser revisto para esclarecer definitivamente a morte do ex-presidente.
Entre os signatários do manifesto estão juristas, historiadores, ex-integrantes de comissões da verdade estaduais e municipais e familiares de vítimas da ditadura, como o escritor Marcelo Rubens Paiva.