Rio de Janeiro, 29 de Março de 2025

Ex-presidente diz que Brasil vive uma ditadura e pede ajuda aos EUA

Em entrevista ao Financial Times, Jair Bolsonaro afirma que o Brasil enfrenta uma ditadura e solicita apoio internacional, coincidentemente no dia do julgamento no STF.

Terça, 25 de Março de 2025 às 19:47, por: CdB

A entrevista foi publicada no mesmo dia em que a Primeira Turma do STF julga a denúncia que poderá tornar o ex-presidente réu por liderar o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro.

Por Redação, com Sputnik – de Londres

O ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), alvo do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), onde compareceu nesta terça-feira, declarou que o Brasil vive sob uma “ditadura de verdade” e afirmou que o país “precisa de apoio do exterior” para superar essa situação.

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— Temos um problema de ditadura, uma ditadura de verdade. O Brasil não tem como sair dessa situação sozinho. Ele precisa de apoio do exterior — disse Bolsonaro ao diário ultraconservador britânico Financial Times.

A entrevista foi publicada no mesmo dia em que a Primeira Turma do STF julga a denúncia que poderá tornar o ex-presidente réu por liderar o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro.

 

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Soberania

A declaração ao jornal londrino, contudo, pode configurar crime contra a soberania nacional. De acordo com o artigo 8º da Lei de Segurança Nacional, “atuar com o objetivo de submeter o país, no todo ou em parte, ao domínio ou influência de outro país” é passível de pena de reclusão de até oito anos.

Bolsonaro também aproveitou a entrevista para agradecer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ter encerrado as atividades da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

— Obrigado ao presidente Trump por fechar a USAID — disse Bolsonaro, sem citar que a decisão está ‘sub judice’.

A agência norte-americana, que tradicionalmente apoia projetos de desenvolvimento em países em desenvolvimento, teve suas operações drasticamente reduzidas no início de fevereiro. Segundo o atual secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, cerca de 83% dos programas da agência foram encerrados.

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