Rio de Janeiro, 29 de Março de 2025

Apesar do pedido de vista, Toffoli faz maioria para condenar Zambelli

O STF condena a deputada Carla Zambelli por porte ilegal de arma e constrangimento. Entenda os detalhes do julgamento e a reação da parlamentar.

Terça, 25 de Março de 2025 às 19:39, por: CdB

Em nota, a deputada agradeceu ao ministro Kassio pela suspensão do julgamento e disse esperar que, apesar da formação de maioria, magistrados da corte reconsiderem os votos.

Por Redação – de Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos na madrugada desta terça-feira para condenar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) na ação penal que a acusa de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O ministro Dias Toffoli antecipou o voto e concordou com o relator, Gilmar Mendes, mesmo após o pedido de vista no dia anterior feito por Kassio Nunes Marques. O ministro Cristiano Zanin também antecipou o voto.

Apesar do pedido de vista, Toffoli faz maioria para condenar Zambelli | Dias Toffoli divulgou o voto contra Zambelli, mesmo depois do pedido de vista
Dias Toffoli divulgou o voto contra Zambelli, mesmo depois do pedido de vista

Em nota, a deputada agradeceu ao ministro Kassio pela suspensão do julgamento e disse esperar que, apesar da formação de maioria, magistrados da corte reconsiderem os votos. “O julgamento ainda não terminou”, afirmou ela. A apreciação do caso acontecia de forma virtual em uma plataforma onde os ministros depositam seus votos, em uma sessão que iria até a sexta-feira.

O pedido de vista de Kassio significa que o julgamento será suspenso para melhor análise dos autos e retomado quando o ministro apresentar o seu voto. Ainda pode haver mais pedidos de vista ou de destaque (que leva o processo ao plenário físico).

 

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Condenação

Kassio pediu vista quando quatro votos já haviam sido dados para condenar a congressista a 5 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial semiaberto, e à perda do mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.

Agora, são favoráveis à condenação os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli, em um placar de 6 a 0 contra a deputada.

A acusação do Ministério Público Federal foi feita após o episódio em que a deputada sacou e apontou uma arma para um homem no meio da rua em São Paulo, em 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições.

Na ocasião, a deputada bolsonarista perseguiu um homem negro após uma discussão no bairro dos Jardins, em São Paulo. Um segurança da parlamentar chegou a fazer um disparo e foi preso pela Polícia Civil.

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