Apenas 23% dos eleitores responderam que a chance de votar no atual mandatário aumenta após o apoio de Zema. Outros 6% afirmaram, no entanto, que essa possibilidade diminui. E 3% relataram não saber ou não responderam à questão.
Por Redação, com BdF - de Belo Horizonte
A pesquisa do Instituto Quaest, encomendada pela corretora Genial Investimentos, revelou nesta sexta-feira que para a maioria dos eleitores de Minas Gerais, a entrada do governador reeleito Romeu Zema (Novo) na campanha presidencial, como cabo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), não altera a chance de voto no candidato à reeleição. O estudo mostra ainda que 68% não devem assumir uma posição pró-Bolsonaro.
Apenas 23% dos eleitores responderam que a chance de votar no atual mandatário aumenta após o apoio de Zema. Outros 6% afirmaram, no entanto, que essa possibilidade diminui. E 3% relataram não saber ou não responderam à questão. Ao todo, foram consultadas 2.200 pessoas em todo o Estado. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O resultado também confirma a tendência de liderança, apontada também na véspera pelo Instituto Datafolha, do adversário de Bolsonaro neste segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mineiros
Entre os eleitores mineiros, segundo a pesquisa, Lula registra vantagem de 48% das intenções de voto diante de 43% do candidato à reeleição. Em votos válidos, o petista teria 52% dos votos hoje, contra 48% de Bolsonaro no estado que é considerado essencial na corrida ao Planalto. Desde a redemocratização, em1985, todos os presidentes que venceram em Minas foram eleitos. No primeiro turno, Lula venceu a disputa presidencial no estado com uma diferença de quase cinco pontos.
Os resultados vêm frustrando a campanha do atual presidente que passou a criticar abertamente o desempenho de Zema para virar votos a Bolsonaro em Minas Gerais. Em sua coluna no portal G1, da Rede Globo, o comentarista político de extrema direita Gerson Camarotti descreveu que, os bastidores, aliados do candidato à reeleição apontam “jogo duplo” do governador.
A avaliação é que Zema teve uma atuação tímida. O que foi atribuído ao projeto do mineiro de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026.
O sinal amarelo para a campanha acendeu nesta semana, quando Bolsonaro fez um evento fechado com prefeitos na cidade de Montes Claros, no norte de Minas, e acabou ficando exposto com a baixa adesão.