Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Ultradireita se organiza e esquerda recomenda mobilização social

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Terça, 15 de Março de 2022 às 12:57, por: CdB

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, foragido pela Polícia Federal (PF) nos Estados Unidos, também foi convidado, mas não confirmou a sua participação. O encontro ocorrerá em um hotel na região dos Jardins, na capital paulista, e o ingresso custa R$ 36. 

Por Redação - de São Paulo
Militantes da ultradireita fascista, ligados a movimentos conservadores, planejam uma mobilização no próximo sábado, em nível nacional, para comemorar os 58 anos da ‘Marcha da Família com Deus pela Liberdade’, que antecedeu o golpe militar de 1964 contra o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP),  defensor da ditadura militar, já confirmou presença na manifestação.
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Ligado à ultradireita brasileira, Bolsonaro repete o gesto de neonazistas norte-americanos bebendo um copo de leite puro
Além do parlamentar, são esperadas as participações do jurista Ives Gandra Martins, sua filha, a secretária da Família, Angela Gandra, e representantes de diversas entidades ligadas à extrema direita como o Foro Conservador, Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil e a Associação Marcha da Família Cristã Pela Liberdade. O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, foragido pela Polícia Federal (PF) nos Estados Unidos, também foi convidado, mas não confirmou a sua participação. O encontro ocorrerá em um hotel na região dos Jardins, na capital paulista, e o ingresso custa R$ 36.

 Preocupação

Diante do assanhamento neofascista, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro e fora da legenda, ampliaram a pressão para que o partido avance na mobilização popular em torno da provável candidatura ao Palácio do Planalto. O argumento é o de que não dá para esperar a campanha oficial para sensibilizar os eleitores, enquanto as forças conservadoras se organizam. Antes restrita aos bastidores, a cobrança começou a vir a público nos últimos dias. O argumento, em linhas gerais, é o de que o projeto de um terceiro mandato para Lula precisa ganhar as ruas e chegar às chamadas massas populares como forma de fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A preocupação já foi levada à cúpula petista por aliados como o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos, e por porta-vozes da Frente Brasil Popular, que agrega dezenas de movimentos sociais.

Tendência

O apelo também foi externado pela Articulação de Esquerda (corrente interna da legenda, minoritária, que reúne a ala mais à esquerda). Em resolução deste mês, o grupo registrou a necessidade de "mobilização militante e programa popular" para "derrotar o neofascismo e o neoliberalismo". "Tempo precioso está sendo perdido em negociações de cúpula (federação, vice, alianças com partidos de direita), tempo que deveria estar sendo utilizado para fazer campanha diretamente junto ao povo", afirmou a tendência petista, que é contra a presença do ex-tucano Geraldo Alckmin na chapa. A avaliação nos segmentos que querem agilizar o engajamento é a de que, respeitando a legislação eleitoral, é possível começar a envolver a classe trabalhadora e as camadas menos ligadas no debate político, nos moldes do planejamento que o PT já faz para redes sociais.
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