Segundo os dados apurados, a Selic deverá subir para 11,25% em novembro, mês em que o Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia voltará a se reunir. Na semana passada, o mercado havia projetado que o índice ficaria em 11% – número que já era maior do que os 10,5% previstos há quatro semanas.
Por Redação – de Brasília
Analistas ouvidos pelo Banco Central (BC), no ‘Boletim Focus’ desta semana, projetam novas altas para a Selic neste ano. Os economistas ouvidos pela autoridade monetária do país estimam que a taxa básica de juros deve fechar o ano em 11,5%. Há uma semana, o patamar estava em 11,25% — e, há um mês, em 10,5%.
Segundo os dados apurados, a Selic deverá subir para 11,25% em novembro, mês em que o Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia voltará a se reunir. Na semana passada, o mercado havia projetado que o índice ficaria em 11% – número que já era maior do que os 10,5% previstos há quatro semanas.
Na última quarta-feira, o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano, na primeira alta feita durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Relatório
Na ocasião, o comitê havia afirmado que o cenário demanda um política de juros que ajude a frear a força da atividade econômica para assegurar o controle da inflação.
Os economistas também esperam aumento no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que, segundo eles, deve fechar o ano em 4,37% –número acima dos 4,35% previstos na semana passada.
Segundo analistas, o comunicado divulgado pelo Copom após a decisão foi “duro” e “hawkish” (agressivo contra a inflação), gerando a percepção entre participantes do mercado de que a autarquia será mais agressiva do que o esperado anteriormente em seu novo ciclo de aperto monetário.
Crescimento
Na outra ponta, de acordo com o relatório, o PIB deve fechar o ano em 3%, patamar maior do que os 2,96% divulgados como expectativa na semana passada. Desde agosto, o indicador vem crescendo semana a semana.
Já as projeções para o câmbio se mantiveram estáveis, com os economistas projetando a cotação do dólar em R$ 5,40 para o término deste ano, mesmo patamar apontado pelo mercado financeiro, na semana passada.