O time norte-americano usará os motores da marca italiana a partir da temporada de 2026 da Fórmula 1, que será a entrada da equipe na principal categoria do automobilismo mundial.

O setor automotivo será um dos mais beneficiados pelo tratado, com a eliminação da alíquota para importar veículos de alto padrão. Ainda assim, a indústria automotiva ganhou um tratamento especial no acordo.

A escuderia italiana, que terá o britânico em seu cockpit a partir de 2025, chegou para o Grande Prêmio de São Paulo de F1, em Interlagos, com duas vitórias consecutivas no currículo.

A temporada de 2025 da F1 será de grandes mudanças para Hamilton, pois deixará a Mercedes depois de mais de uma década e seis títulos mundiais para se juntar a Charles Leclerc na escuderia italiana.

O monegasco, vice-campeão da etapa de Baku, no Azerbaijão, destacou o potencial da escuderia de Maranello em realizar uma boa performance na próxima corrida.

O francês analisou que o time de Maranello é competitivo, mas defendeu que uma boa gestão dos pneus será decisiva para triunfar na próxima etapa da categoria.

O atual terceiro colocado no campeonato marcou um tempo de 1m43s484 e ficou menos de um décimo à frente do mexicano Sergio Pérez (Red Bull) e do britânico Lewis Hamilton (Mercedes).

Mas o esforço vem em um momento delicado para a indústria automobilística. A transição para veículos elétricos, que deveria rapidamente inaugurar uma era de transporte amigo do clima, tem sido pressionada por investimentos caros e pela desaceleração da demanda global.

A escuderia de Maranello pretende aproveitar o fator casa para reduzir a diferença da Red Bull na ponta do campeonato de construtores e, quem sabe, repetir os passos da McLaren em Miami, nos Estados Unidos, que venceu com Lando Norris.

Sem a presença do tradicional vermelho, as vestimentas especiais da escuderia italiana para a prova, entre elas camisetas, bonés, camisas e jaquetas, são completamente azuis. A coloração também vai ser adicionada no SF-24.

O heptacampeão mundial analisou que fechar com o time italiano era algo que estava em sua cabeça desde o início da vida. Apesar de já ser um piloto consagrado na Fórmula 1 e com seu futuro garantido na Ferrari, Hamilton confessou que "nunca treinou tanto" como atualmente.

Entrando em sua sexta temporada como piloto patrocinado pela Ferrari, Charles Leclerc renovou seu contrato no início de 2024, sem data de término específica.

A boa corrida do monegasco também foi importante, já que a escuderia de Maranello não conseguia protagonizar uma dobradinha desde 2022. Após vencer na Inglaterra em 2022 e em Singapura no ano seguinte, Sainz conquistou sua terceira vitória na F1 em Melbourne.

Na opinião do francês, o time de Maranello precisará utilizar a prova de Melbourne para pressionar a líder Red Bull e obter uma vantagem mais confortável em relação aos adversários.

Com o desfalque, James Bearman ocupará o lugar do espanhol ao lado do monegasco Charles Leclerc a partir do treino livre desta sexta. O GP da Arábia Saudita acontece neste sábado, a partir das 14h (horário de Brasília).

O francês reconheceu que a equipe de Maranello terá pela frente "rivais muito fortes e ferozes", como a Red Bull, mas destacou que os pilotos Charles Leclerc e Carlos Sainz se sentiram confortáveis no cockpit do SF-24.

O britânico e a escuderia de Maranello protagonizaram uma das movimentações de mercado mais surpreendentes da história da categoria. No entanto, Hamilton guiará pela Ferrari somente a partir da temporada de 2025.

O anúncio chega poucos meses depois de o piloto britânico ter renovado seu vínculo com a Mercedes por mais duas temporadas, o que indica que ele não sentiu confiança de que o time de Brackley poderia lhe dar um carro capaz de brigar novamente por títulos na reta final de sua carreira.

Hamilton renovou recentemente seu contrato com a Mercedes até o fim de 2025, mas, de acordo com a emissora Sky Sports, ele deixará a equipe após a temporada de 2024 para substituir Carlos Sainz na escuderia de Maranello.