A relação entre o petista e os militares ficou ainda mais desgastada após o Exército parecer tolerar a formação de acampamentos de apoiadores do golpe em frente aos quartéis, após a derrota de Bolsonaro.

Já o ministro da Defesa, José Múcio, disse apenas que a exclusão dos militares do processo de fiscalização se tratava de uma "decisão da Justiça" e que eles não eram mais necessários. Múcio também ressaltou ainda que a participação das Forças Armadas “ocorreu a pedido".

Tomás Paiva acrescentou não ter tido acesso e ter tomado conhecimento pela imprensa do trecho da delação em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), diz ter presenciado reuniões em que Bolsonaro e militares teriam tratado de um golpe militar.

Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil junto a um oficial graduado das Forças Armadas, sob condição de anonimato, “Cid está afastado de suas funções no Exército e já não usa mais a farda reservada aos eventos externos”.

Militares derrubaram o governo democraticamente eleito de Mohamed Bazoum, um aliado do Ocidente contra o jihadismo, marcando o sétimo golpe de Estado na região oeste e central da África desde 2020.

O general afirmou ainda que, agora, é necessário “tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça”, referindo-se a possíveis atentados contra o Estado Democrático de Direito.

Os combates que eclodiram em 15 de abril expulsaram os civis da região ampliada da capital, composta pelas cidades de Cartum, Bahri e Omdurman, e desencadearam ataques com motivação étnica na região de Darfur.

A incursão, a maior em vários anos neste território ocupado por Israel desde 1967, começou na segunda-feira, com a presença de centenas de soldados e escavadeiras do exército.

Com o impasse de longa data entre Prigozhin, líder da milícia Wagner, e o Ministério da Defesa parecendo chegar a um desenlace.

As negociações com as Forças de Apoio Rápido (RSF), que começaram no início de maio, produziram uma série de compromissos para proteger civis e dois acordos de cessar-fogo de curto prazo, embora esses acordos tenham sido repetidamente violados.

Uma trégua de 72 horas termina nesta quarta, a terceira consecutiva, para permitir a evacuação de estrangeiros e sudaneses que fogem dos combates em Cartum e outras partes do país, incluindo a conturbada região de Darfur.

Ao menos 512 pessoas foram mortas e 4.193 ficaram feridas nos 11 dias de combates, principalmente em Cartum e Darfur (oeste), informou o Ministério da Saúde.

Este foi o primeiro pronunciamento do general Tomás Paiva, em público, desde que assumiu o comando do Exército, em 21 de janeiro, em meio à crise gerada após a tentativa frustrada de um golpe de Estado, patrocinado por setores das Forças Armadas e em pronunciamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O criminoso, estava em uma cobertura no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. De acordo com a Draco, José Carlos reagiu à chegada dos policiais e atirou várias vezes contra as equipes da Polícia Civil.

De outro lado, o Ministério dos Direitos Humanos, sob a chefia de Silvio Almeida, organizou a "Semana do Nunca Mais" nesses últimos dias com o objetivo de preservar a memória, a verdade e a justiça acerca da ditadura militar.

O general Tomás, no entanto, tem afirmado a generais a determinação sobre o assunto, para evitar que eventuais manifestações de soldados e oficiais nas redes sejam interpretadas como opiniões do Exército. A instrução foi passada na quarta-feira, durante teleconferência realizada entre o comandante e todos os oficiais e sargentos do Exército.

A declaração de Tomás Paiva, segundo o jornal, ocorreu durante reunião com oficiais do Comando Militar do Sudeste, em dia 18 de janeiro, apenas 10 dias depois do golpe fracassado na Praça dos Três Poderes. No dia 21 ele foi indicado para assumir o Comando do Exército. 

De acordo com o governador, as estradas que dão acesso à praia Barra do Sahy e Baleia estão interrompidas. “Para que o socorro chegue imediatamente a essas regiões, a gente vai usar helicópteros Águia da Polícia Militar e os helicópteros do Exército”, disse.

Paiva teria ressaltado, no entanto, que as investigações conduzidas pelos militares acontecerão discretamente. As apurações ocorrem em segredo de Justiça, para evitar a exposição de quem eventualmente venha a ser considerado inocente das acusações.